quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CAPITULO UM

ATRAVESSANDO O OCEANO

- Bom, já é hora de ir, pequeno Lucis, quero dizer, cavaleiro Lucis. – diz Merlin ajeitando a sua grande túnica azul-claro e pondo seu chapéu pontudo e cinzento à cima seus grandes cabelos brancos, olhando Lucis sobre seus oclinhos de gráu – Pegue suas coisas e alimento e parta para sua aventura, eu e Jony vamos acompanha-lo só até Ieseres e depois de lá voltaremos, não vamos embarcar com você.
É a primeira vez que o jovem Saint Lucis, um garoto de apenas dezessete anos, vai ir muito além das fronteiras de Arcade. Estava ansioso para ir, mas ao mesmo tempo com medo do que poderia encontrar pela frente, poderia enfrentar coisas muito piores que duendes, urubus, lobos, bruxas e coisas do gênero (que é o que enfrentava em seus treinamentos com Jony), ele poderia encontrar Dragões, Hidras, Vampiros e até mesmo seres que não e nunca abitavam em Arcade como Centauros, Ursos e Aranhas gigantes, Baziliscos e ect, sem mencionar que não teria um tutor ao seu lado dando dicas de como fazer e lidar com as coisas, agora ele estaria sozinho em muitos perigos.
- Então vamos. – o garoto diz com um suspiro e pega uma pequena mochila onde guardava água, ovos e frutas e talheres. Vocês devem estar imaginando: “Por que ele levar ovos se pode pegar nos ninhos de pássaros no caminho – que com certeza era o que mais tinha por lá –, por que levar frutas se pode pegar das arvores e por que levar água se pode tirar dos rios e das lagoas?”. Não é bem assim, ele não pode meter a mão em um ninho, beber água de um rio ou tirar a fruta de uma arvore na boa. Alem de passar uns quatro dias navegando no Oceano Atlanto que não tem comida e sua água é azeda, ele vai passar uma grande parte da aventura na floresta dos centauros! Vocês estão imaginando isso porque não conhecem os centauros, mas não se preocupem, é minha obrigação descreve-los para vocês.
Os centauros são criaturas cujo da cintura a baixo tem corpo de cavalo e tronco a cima um humano com o rosto extremamente feio e desagradável, não tem dentes muitos pontudos pôs não cassam muitos animais e coisas do tipo, não comem frutas, eles comem apenas insetos, uns quinze insetos (pequenos) por mês, eles podem ficar sem comer e fazer suas necessidades por muito tempo (mas ou menos um mês), eles não são como os humanos que passam um sufoco pra matar um pequeno inseto, nem como os sapos que esticam suas línguas para capturar um e nem desperdiçam suas flechas usando seus arcos para atirarem neles, na verdade eles não precisam, eles são os seres mais velozes da zona dos cavaleiros, então podem muito bem apanha-los com as própias mãos e depois come-los. Eles não só são muito habilidosos como também são muito exigentes. Protegem a sua floresta com tudo que podem, se pegar alguém comendo de uma arvore, banhando-se ou bebendo de um lago, roubando ovos de um ninho ou muito menos matar uma criatura, mas sangrenta que seja, eles podem expulsa-las da floresta, jogar ao mar, torturar, atirar flechas com seus arcos, dar banho de lava e muitas outras coisas que nem eu e nem vocês, podemos imaginar. Por isso que o jovem Lucis precisa levar bastante comida.

- Então vamos em frente! – diz Jony andando até a porta da cabana fazendo sua longa barba branca acinzentada balançar – Vamos antes do pôr do sol, pode crer, você não vai querer passar o seu primeiro dia de viagem na escuridão do Oceano Atlanto, sem mencionar que á muitas serpentes noturnas lá, mas do mesmo jeito terá que passar pelo menos três noites lá, mas vamos! Aprece-se!
Lucis se arrepiou ao ouvir “serpentes noturnas lá”. Merlin riu.
- Não o assuste, Jony, não quero que ele desista de ir logo agora depois de dez anos de treinamento. – diz Merlin lançando um longo sorriso.
- Não... Eu... Não vou desistir! – Lucis conseguiu gaguejar depois de um momento amedontrado, mesmo a voz saindo fraca e roca.
O mago lançou um sorriso maior.
- Que bom. – resmungou Jony – Então vamos logo!
- Não tenha tanta pressa, Jony! – brigou o velho sábio com raiva – Você não acha que ele vai cansar se ter de andar até Ieseres?
- E daí? – resmungou ele novamente.
- Não é bom cansar sem nem ao menos começar a aventura! – o mago responde ainda mais enfurecido. - Ou você discorda? A sua impaciência pode levar a morte de Lucis!
Querendo ou não ele estava certo e o pobre anão sabia disso e tinha de aceitar.
- Tudo bem, tudo bem, mas como vamos ir então? Não temos cavalos e os cavalos alados foram extintos.
A fúria de Merlin neste estante some e então chama seu Gnomo: “Willians!”. O humilde Gnomo com roupas rasgadas e sujas com uma expressão má no rosto, chega à pequena sala de estar da cabana do mago.
- Willians ao seu dispor, mestre – disse ele humildemente.
- Pegue aqueles três pôneis que encontramos. – ordenou Merlin.
Willians trouxe três pequenos pôneis e disse em frente à porta da cabana:
- Aqui estão os pôneis que pedira, ò, senhor Merlin, meu mestre.
- Onde os conseguiu? – perguntou Jony curioso.
- Achei quando sai pra passear nas montanhas enquanto vocês treinavam no lago Millon. – responde o velho ajeitando novamente sua túnica.
Ótimo – diz Lucis indo até seu pônei e começa a caricia-lo – Assim o problema já foi resolvido, então é melhor nós irmos, já vai escurecer.
O garoto sobe em cima de seu pônei e com um sinal chama os outros.
- Tem razão. – concorda o anão balançando a cabeça e logo depois também sobe em cima de seu pônei (claro que era o menor) e Merlin no seu que é o maior.
Passaram pela abandonada cidade Nimbus, que teve mais que a metade de sua terra aterrada pelo gelo de Atlanta que transmitia seu frio para o Oceano Atlanto (por isso que ele se chama assim) que transmite seu frio para Nimbus, como era uma cidade abandonada não teve proteção e ficou assim, coberta de gelo. Descem dos pôneis quando chegaram a Ieseres comandada por Redinguistes, que chega a eles erguendo a mão. É claro, estava cobrando as despesas, ele sempre fora assim, obcecado por dinheiro e por isso vive nesse trabalho de alugar barcos.
- Oh sim! Deixe me ver... – Merlin enfia a mão em um de seus muitos bolsos de sua túnica e tira três moedas de prata – Não tenho uma moeda de ouro como deseja, mas tenho essas três moedas de prata, vossa alteza, se não o agra...
- Que seja! – interrompe Rindiguistes pegando as moedas que Merlin oferecera – Pra onde quer que eu os leve? Ilha Gäparanzafu, ilha Shiwã, ilha Vagã ou...
- Dessa vez não vou – interrompe Merlin –, ele é quem vai.
- Que seja! – resmungou ele – Mas respondam, onde quer que eu leve ele? Para Ilha Gäparanzafu, ilha Shiwã, ilha Vagã, ilha...
- Não vamos para nenhuma ilha, vossa alteza. – interrompeu o velho mago novamente antes que o rei falasse todas as ilhas do oceano – vamos muito mais além.
- Ah, então é por isso que esse jovem rapaz esta todo aconchegado... Vocês vão para Atlanta! – tenta adivinhar.
- Não, não, não. Vamos para Armagedan, mas vamos por esse lado daqui – Merlin aponta para direita -, pôs na esquerda tem muitas serpentes marinhas, aqui tem muito menos, mesmo ele tendo de pousar na floresta do centauro e isso é peri...
- De jeito nenhum! – grita Rindiguistes – Nunca vou correr o risco de atravessar todo o oceano para chegar numa floresta daquelas, é como diz o ditado “Da frigideira para o fogo”, é suicídio! De jeito nenhum!
Merlin da um suspiro, faz uma cara triste e olha para o mar, mas ele não estava nada infeliz, o sábio mago tinha um plano e nunca nenhum plano de Merlin falhara!
- É a primeira vez que vejo isso. – suspira ele.
- O que? – pergunta o rei curioso. Achava que ele estava falando de alguma coisa no oceano, mas não era.
- Um adolescente de dezessete anos é mais corajoso que um rei! – responde o mago.
Redinguistes ficou boquiaberto com sigo mesmo, os seus olhos estavam arregalados. Pensou mais encorajado: “Como eu, um rei, posso ser medroso e um garoto de dezessete anos corajoso?”. Agora seus olhos arregalados ficaram sérios e em seu rosto desenhou-se um longo sorriso.
- Vamos embarca!
O mago pisca para Lucis, que lança um grande sorriso em resposta. Ele entra em um barco de quinze pés, feito de madeira, acompanhado de Rindiguistes, que corta a corda que segurava o barco na borda e juntos embarcaram. Merlin e Jony acenavam para Lucis e virce e versa. Logo depois o mago e o anão ficaram do tamanho de uma barata adulta, agora de uma formiga e agora sumiram. Não dava mais pra ver a cidade, eles já estavam bem longe da borda. Depois de uma hora embarcando o céu começa a escurecer, estrelas surgiam no céu, mais uma hora se passou e o céu ficou completamen-
te escuro, não dava pra ver nada, bom só um pouco, pois a luz das estrelas ajudava. Lucis tira a mochila das costas e bota no chão do barco, meche aqui e ali procurando alguma coisa.
- O que você esta procurando? – pergunta Rindiguistes.
- O mapa da zona norte que Merlin me deu, mas nesse escuro ta difícil – responde ele enfiando a cabeça dentro da mochila para ver se encontra, mas não adiantava, só deixava mais escuro.
- Trouxe uma lamparina. – diz o rei pegando uma lamparina em sua sacola e erguendo-a para Lucis.
- Carambolas, por que você não disse antes? – resmunga o garoto com raiva pegando a lamparina da mão dele. – Achei!
Ele tira um mapa velho empoeirado da mochila, aproxima a lamparina dele e começa a observar.
- Como já navegamos mais ou menos duas horas devemos estar aqui, segundo o mapa é uma área perigosa – diz apontando o dedo para um desenho de uma cauda de baleia no mapa. –, tem baleias aqui, mas são baleias noturnas, elas devem estar dormindo, pois são oito horas, é melhor remarmos mais rápidos antes que elas possam acordar e nos devorar.
- Boa idéia!
Então os dois começaram a remar o mais rápido possível. Assim se passaram mais uma hora e eles finalmente saíram daquela área.
- Aqui já esta bom, vamos parar de remar e dormir, temos um longo dia amanhã!
E foi isso que fizeram, cada um fez seus guarda-coisas de travesseiros (Rindiguistes sua sacola e Lucis sua mochila) e dormiram

Quando o sol se pôs no céu os dois acordaram.
- Estou com fome, não comi desde ontem à tarde quando saímos. – resmungou o rei pondo a mão na barriga. – Trouxe comida?
- Trouxe – confirmou o jovem -, mas é melhor guardamos para a floresta dos centauros, vamos comer peixes.
Falando isso o garoto pega seu arco e prepara uma flecha, da um disparo e acerta em cheio num peixe que parecia ser delicioso. Lambe os beiços e prepara para pega-lo, mas neste momento uma criatura de olhos negros sem pupila, corpo e rosto de uma mulher linda e nua, põe seu tridente no pescoço de Lucis, mas não o mata, apenas o ameaça. Sem duvida era uma sereia.
- Não! Comoss ouççça? – ameaça ela com uma voz abafada que saia como um suspiro – Acabass de matar um peixxxe!
- Perdoe-me, perdoe-me! Não vou fazer isso de novo, peço desculpas! – grita o adolescente com medo de ser morto logo no inicio da aventura.
- Estass perdoado, mass sse repetirrr sserass punido. – a criatura mergulha no lago e desaparece de vista. A sorte dele que as sereias são seres adoráveis e purificados que dão o perdão fácil, mas na segunda vez é diferente.
- Esqueci, tem sereias nessa área e elas não são noturnas, não gostam que matem peixes, pode-se matar qualquer animal que não seja peixe – disse ele ofegante.
- Então por que não a matou? – disse Rindiguistes com um sorriso bobo. – I é, esqueci que elas são metade peixe.
- E se eu tentasse ela me mataria! – disse Lucis com raiva da brincadeira do parceiro. – Que droga, uma flecha gastada a toa!
Uma garça atira-se no oceano e tira um peixe, as sereias pulam com um grito e tentam fita-la com seus tridentes, mas a garça voa pra bem alto e longe dali onde as sereias não podiam alcançar.
- Pelo menos as garças tem sorte... – resmungou o velho rei.
Três horas se passaram depois deles comerem o café da manhã não tão agradável.
- Já vai dar meio dia. Ainda tem sereias nessa área? Podemos comer peixes para o almoço. – pergunta Rindiguistes que nada sabe sobre aventura
Lucis ri e responde:
- Vai ter que aguentar mais um pouco, Rindiguistes, ainda tem sereias aqui.
Ele consegue ver o rei fazer uma cara zangada e ri, pois estava feliz em ser acompanhado por alguém, mesmo por alguém que nada sabe de aventuras, mas por alguém irônico. Navegaram mais uma hora e pararam um pouco para almoçar. Torraram o ovo com a luz da lamparina e comeram, depois dividiram um pouco de água. Então navegaram mais quatro horas e pararam para lanchar, mas antes que Lucis enfiasse a mão dentro da mochila para pegar mais dois ovos, Rindiguistes diz:
- Já cansei de ovos e água, vamos arriscar a matar um peixe, já navegamos umas oito horas desde que você encontrou aquela sereia.
Ele parecia estar louco, mas estava completamente certo e o jovem adolescente queria dizer as mesmas palavras que o seu parceiro dissera desde quando almoçaram, então concordou. Pegou seu arco novamente, apontou a flecha para um peixe que se preparava para dar um salto e quando ele saltou Lucis atira e a flecha acerta novamen-
te em cheio no peixe. Os dois gritaram um grito de felicidade e novamente quando se preparava para pegar o peixe a mesma sereia aponta seu tridente ao pescoço de Lucis, mas novamente não o machuca, só o ameaça como antes.
- Não! Repetiu! Tuss dissse que não iasss repetir, tuss mentiu! – ameaça ela furiosa, mais furiosa que antes – Pagarass carrro por issso, mentirossso! Ficarasss sss...
A criatura agora para de falar e faz uma cara de medo, seus olhos se arregalam como se ela tivesse visto um fantasma, berra um urro aterrorizante e mergulha na água, nada o mais rápido possível para o fundo do oceano.
- O que aconteceu pra ela fugir desse jeito? – pergunta Rindiguites.
Lucis dá de ombros que significava “não faço a mínima idéia”, até que sente um bafo quente batendo em suas costa e em seu cabelo, uma gosma gosmenta que parecia saliva (e era) cai nos ombros de Rindiguistes que faz uma cara de nojo. Rapidamente os dois viram para trás e vêem a cabeça de uma criatura imensa (que era igualzinha a cabeça de um dragão) olhando para eles com seus grandes olhos vermelhos cor-do-fogo, lambendo os beiços, deixando escorrer saliva pelo canto da boca que cai em cima dos ombros do rei de Ieseres e de suas narinas saia um bafo quente e fétido. Era sem duvida uma serpente marinha! O jovem menino e companhia ficaram ali paralisados de medo olhando para o imenso monstro que sorria diante deles.
- Que beleza! Comida servidinha no pratinho, paradinha diante de mim. – diz a criatura que parecia faminta – Por onde eu começo?
- Rindiguistes, saque a espada! – grita Lucis sacando a espada e encorajando o parceiro que também saca.
- Ah! Querem lutar? – a serpente mergulha sob o barco e aparece do outro lado, fazendo os dois virarem pro lado que ela foi – Desculpe, mas não costumo brincar com a comida antes da refeição.
O monstro prepara-se para abocanhar os dois juntos com o barco, mas de repente a expressão no rosto dele que era feliz virou assustadora, seus grandes olhos vermelhos ficaram imensos, já que o mostro arregalou os olhos, logo depois mergulhou e se foi, como a sereia. Dessa vez não tinha um bafo quente batendo as costas de ninguém e nem saliva escorrendo no ombro, mas mesmo assim viraram-se para trás para ver se a criatura fugira de alguma coisa que tivera medo, como ocorreu com a sereia, mas afinal de contas do que uma serpente marinha teria medo? Quando viraram viram um imenso monstro de quatro braços, mil vezes, quer dizer, um milhão de vezes maior que a serpente marinha que fugira. Deu um grande rugido que fez sua propia pele escamosa tremer e é claro, fez o pequeno barco onde Lucis e Rindiguistes estavam se mover muito rápido para a direita, pôs o rugido da criatura provocou uma grande ventania no mar, como a ventania forte de uma tempestade. Para piorar o monstro solta um outro rugido ainda maior, que dessa vez faz uma onda, quer dizer, uma tsunami que faz o pobre barquinho de madeira dar cambalhotas pelo mar. A espada que eles aviam sacados escapuliu da mão deles, a mochila de Lucis que continha o mapa, talheres e alimento e a sacola de Rindiguistes que continha lamparina, dinheiro e algumas coisas não importantes se perderam pelo mar. Depois que a tsunami passou os dois subiram para a superfície e se agarraram a um pequeno pedaço de madeira (que provavelmente era do barco).
Nem um sinal do monstro, ele se fora e isso era bom, mas mesmo assim eles perderam a esperança, pois estavam sem comida, perdidos no meio do mar sem mapas, teriam de ficar sem luz a noite e poderia haver um ataque de animais noturnos, também não estavam armados.
- E agora? Não sabemos onde estamos e para que direção ir. – choraminga o rei.

E ficaram ali por um bom tempo, parados sem comer e beber, podendo a qualquer hora ser atacado por animais perigosos.

A noite chega e a escuridão toma conta do lugar, quando os dois estavam prestes a dormir viram algo: dois grandes olhos vermelho cor-do-fogo os observando.
- Vocês tem sorte por sobreviverem, foram os primeiros humanos que ao olhar ele não morreram, são os únicos humanos vivos a virem ele – diz a criatura não tirando seus olhos deles -, mas deixaram de ser, pois eu voltei e vou devora-los.
O monstro que estava ali olhando e falando com eles era a serpente marinha que haviam encontrado algumas horas antes, os mesmos olhos, a mesma voz e como ele mesmo disse “voltei”. Lucis e Rindiguistes ficaram parados, tremendo e morrendo de medo. Quando dois olhos amarelos se aproximaram.
- Não perca tempo com bobagens! – disse – Acabei de matar duas baleias, vamos jantar, ainda vai ter sobra.
- Mas que tal levar esses dois para outro dia? – perguntou a serpente dos olhos vermelhos virando-se para a de olhos amarelos.
- Perca de tempo! – gritou a outra – vamos embora.
Os quatro olhos que iluminavam o lugar desapareceram fazendo um estrondo na água. Os dois suspiraram com um “ufa”, eles tiveram muita sorte por ter aparecido aquela outra serpente marinha que aparentemente era muito maior, se não nem eu sei o que poderia ter acontecido, mas elas os deixaram com uma pequena duvida: o que ou quem é o “ele” que a serpente dois olhos vermelhos tanto dissera?

Eles não podiam dormir, pois a qualquer ora poderiam ser atacados por monstros noturnos, então fiseram um acordo: um deles não dormiria e ficaria vigiando enquanto o outro dormia. O escolhido foi o pobre Lucis, pois era jovem e enxergava melhor que Rindiguistes, que dormiu, mas o garoto não aguentou ficar acordado a noite toda e dormiu também, em cima da madeira do barco, num sono profundamente profundo.

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