sexta-feira, 7 de maio de 2010

CAPITULO TRÊS

FLORESTA DOS CENTAUROS

Lucis respira o ar profundamente, feliz por finalmente sentir o cheiro gostoso das arvores e não o cheiro que sentia antes na garganta de Kraken, pisa forte no chão, como se nunca estivesse andado e palpita as arvores como se nunca tivesse visto uma. Ouvi uns plotoc, plotoc e olha para os lados para ver se acha algum cavalo ou pônei que possa andar, mas a única coisa que ver é um centauro correndo em alta velocidade, espera ai, centauro, ele estava na Floresta dos centauros! O jovem estava feliz, mesmo sendo perigoso lá, mas pelo menos ele estava perto de sua busca: A monte Didydrabékonas, para pedir ao rei dragão ajudar-lo na guerra contra Amargedan. Caminha um pouco mais adiante, o sol começa a sumir e o céu já vem a escurecer, então resolve parar para descansar. Vai para debaixo de uma arvore bem grande com o tronco grosso e muitas folhas caídas às raízes, usa sua mochila como travesseiro, deita sobre as folhas velhas a baixo da arvore e dorme, não profundamente, mas um sono tranqüilo.

O céu escurece definitivamente. Uma criatura escura e horrorosa caminha lentamente pelas arvores da floresta.
- Hum, a minha sorte é muita, não acredito que encontrei sangue humano numa floresta dessas... – diz uma voz cavernosa que saia da escuridão da floresta.
Lucis acorda com um suspiro e saca a espada assustado.
- Quem está ai!
A criatura solta uma gargalhada.
- Que bom que está acordado, talvez assim o coração bombeie mais o sangue... E assim chegando mais rápido aos meus dentes! – o animal pula sobre o garoto se revelando como um monstro de caninos longos e afiados, a aparência muito parecida com a de um morcego, suas asas não batiam e acho que é por isso que Lucis conseguiu desviar do golpe do monstro.
- Afaste-se! – diz ele apontando a espada para a criatura que solta uma longa gargalhada.
- Não pode me matar. – ele se aproxima calmamente do cavaleiro e depois se arremessa contra à espada que o vara – Por que eu já sou morto.
O garoto da um pulo para trás retirando a espada do peito do monstro e a botando na bainha, mesmo sem saber o que faria com ela contra aquela criatura, pôs esta não morria.
- Você é um vampiro, certo? – a besta faz que sim com a cabeça – Pra mim vampiros eram belos.
O demônio solta outra gargalhada e responde com tom perverso:
- Estou em minha forma original, seu burro!
Lucis considera-se morto, mas uma idéia passa por sua cabeça. “Não, que idéia estúpida, não vai funcionar”, mas o lado positivo tomou a sua mente, “Não custa tentar”. O garoto aponta sua mão lentamente para o monstro que da uma outra gargalhada, fecha os olhos e pronuncia vagarosamente: Dillius.
O monstro se joga para trás como se algo invisível lhe desse um tremendo golpe, se contorce, grita e cai sobre os galhos de uma arvore, o vampiro estava acabado e exausto, Lucis se assusta com si mesmo, mesmo quase morto o demônio consegue dizer suas ultimas palavras que pareciam uma pergunta:
- Vo... Você... Por acaso é... É... Um... Um mago?
- Eu não sei. – disse o jovem ainda assustado com uma voz tremida e fraca. O monstro morre.
De repente uma flecha voa na direção deles que passa de raspão na orelha de Lucis, fazendo esse virar para de onde a flecha veio. Um centauro adulto e furioso apontava o arco na direção do garoto.
-
O adolescente não entendera completamente nada do que o homem-cavalo havia dito, mesmo assim fugiu para uma parte escura da floresta, ainda podia ouvir o centauro gritando:
-
Também não entendeu.

Ele passou toda a noite acordado, não dormiu nem um pouco. No amanhecer, é claro exausto, se esforçou para não fechar os olhos. Os raios de sol passavam apenas pelos pequenos espaços, uns buracos, nas longas folhas das arvores imensas da floresta. Caminhou um pouco mais adiante, mesmo com o mapa da mão não sabia direito se estava indo ou não pelo lugar certo, pois seus olhos ardiam muito, acho que não fechara os olhos desde o navio pirata que estivera. Procura um lugar para descansar, achou um lugar onde poucos raios de sol conseguiam atravessar as folhar das arvores, era cheio de arvores e no centro do local havia uma grande pedra redonda, era enorme, era umas quatro vezes mais alta que Lucis, mas ele achou que era um lugar perfeito que ele possa descansar um pouco. Deita-se com as costas apoiadas na grande pedra.
- Acha que eu sou cama? – grita uma voz de trás da pedra.
Lucis da um pulo para trás, saca a espada o mais rápido possível e grita:
- Quem esta aí?
Não havia ninguém, só podia estar escondido atrás da pedra.
- Apareça!
- Essas crianças estão tão burras hoje em dia, ah, tempos atrás a época era tão boa, os heróis eram valentes, espertos e bons estrategistas de guerra – diz novamente -, isso antes da destruição de Árcade, heróis bravos vinham daquelas terras dispostos a enfrentar qualquer desafio, eu adorava... Esmagava um bocado deles, muitos já me derrotaram, eu sei, mas me reconstruo, sou praticamente imortal.
- Mas quem...?
Lucis se interrompe, para um pouco para pensar, ele podia esta maluco, mas tinha certeza de que a voz vinha de dentro da pedra.
- Mas quem... Mas o que você é?
- Ora! O que eu sou? – diz a rocha parecendo decepcionada, tinha uma voz cavernosa e má, muito fria para qualquer um ouvi-la, tinha que ter um estomago muito forte para aguentar a frieza daquela voz.
A pedra se quebra em varias partes, e depois cada uma dessas partes se unem em um só ponto, com um formato diferente, como o imaginado, rocha falante, esmagador de heróis antigos, com certeza viveu muitos anos, pode se desmontar e reconstruir, assim podendo admitir varias formas... Só podia ser o...
- Golen de pedra! – exclama o jovem – Você é o Golen de pedra! Esmagador de cavaleiros antigos.
O monstro era um homem de mais ou menos três metros feito de pedra, cada parte do seu corpo se dividia em pedras, era imenso e corcunda, muito musculoso também.
- Já tava na hora! – reclama o monstro rochoso – E você?
- Ã? – o cavaleiro disse em duvidas.
- E você, quem é? – Grita com raiva.
- Parece que você acha que as coisas só tende ser do seu jeito, né? – disse Lucis num tom arrogante, não sabia se era certo dizer aquilo – Mas as coisas não são tão assim como pensa, você não é o melhor, valentão exibido!
O monstro solta um rugido imenso, ecoou pelo local, provavelmente que um boa parte da floresta ouviu aquilo, os chão e as arvores estremeceram quando deu o rugido, que mais se parecia com o rugido de um dragão, um grraaaarhu.
- Tudo bem. – disse num tom bem tanto convencido – Sou um vingador da cidade morta, Arcade, mas um daqueles heróis que você disse que te derrotaram. – possivelmente, Lucis falara naquele estado com a criatura, porque soubera que não era tão difíciu de se derrotar, ainda mais, convencido de poder derrota-lo com uma mágica, como fez com o vampiro.
- Grraauur! – rugiu – Moleque, não sabe o que esta dizendo, vou esmaga-lo como uma barata! Seu garoto burro e imprestável!
- Não Golen, eu vou esmaga-lo! – Lucis bota a espada na bainha sabendo que não serviria, depois ergue a mão – Kebrahoxa!
Ao mesmo tempo em que o jovem guerreiro gritou o nome do feitiço, o monstro de pedra divide seu braço do corpo o arremessando contra o jovem, para dar um tremendo golpe – com a força de um canhão ao peito -, a magia e o golpe do monstro rochoso se chocam, fazendo o braço jogado à Lucis explodir em varias pedrinhas. O monstro solta mais um rugido, Grraauur!
- Legal! – exclama o garoto – Parece que funciona! Kebrahoxa!
O feitiço dessa vez acerta o monstro, que se explode em mil pedaços. Sabendo que o monstro ia montar-se – mesmo que dessa vez vai demorar bastante pela contidade de partes que ele foi dividido – Lucis sai o mais rápido possível dali.

Parece que a batalha com o Golen de pedra animou um pouco Lucis, agora ele estava mais atento, bom, nem tanto, no caminho de fuga do Golen em pedacinhos ele quase foi esmagado por ciclopes que seguiam uma trilha até suas tocas e também foi acertado por cocô de Harpia. Bom, o Golen de pedra não dera tanto trabalho, mas imaginem o Golen de lava, o de galhos de arvore tudo bem, mas o de vento seria quase imbatível! O jovem cavaleiro reza para não encontrar nenhum deles.
Depois de caminhar mais um pouco pela floresta, o pequeno herói acha um lugar onde nenhum raio de sol bate. Um lugar cheio de plantas esquisitas e arvores mortas, o lago que tinha ali não soava muito bem, era escuro, muito escuro, parecia que suas águas eram negras. Até que um pouco de o oxigênio chega ao celebro de Lucis, aquilo não era um lago, e sim um pântano! O cavaleiro não estava nem um pouco triste, de acordo com o mapa tinha uma caverna ali perto em algum lugar. Caminhou mais um pouco.
Achou!
Lucis finalmente avista uma caverna pequena ali e de acordo com o mapa era um bom lugar de descanso, sem monstros ou animais, ele estava muito feliz, tão feliz que nem notou uma coisa: a caverna é segura sim, mas, de acordo com o mapa, o pântano não. Então pega uma barca que tinha ali perto e começa a remar para atravessar o pântano
Grroouunnr! Um ronco imenso sai de baixo do pântano, fazendo surgir milhares de bolhas na superfície. Grroooouunrn, o ronco repetia varias vazes, cada vez com o som mais forte e grosso.
- O que é isso?
Uma grande gargalhada com voz de trovão vem do fundo do pântano.
- Acha que pode atravessar o meu pântano assim, sem nem ao menos cumprimentar, ou talvez... Presentear-me com algo valioso, alias eu sou o rei! O rei deste lugar.
Uma coisa enorme e horripilante sai do pântano, era grande, tinha mais ou... Quer dizer, menos não, ele tinha 16,40 pés de altura - cinco metros - ou mais!
Tinha cara de crocodilo, o corpo musculoso e escamoso, tinha pele de réptil, uma longa calda de lagarto, seus pés batiam no fundo do oceano, lambia os lábios com sua língua de um metro, perece estar com fome. Mas o que ele queria dizer com O rei deste lugar?
Tudo ficou bem claro na cabeça de Lucis, esse era o famoso monstro do pântano.
Lambe novamente os lábios, dessa vez mais vagarosamente.
O jovem garoto, não tão apavorado, abre a mochila à suas cotas e retira alguma coisa de lá. Era alguns ouros e pratas que havia encontrado durante o longo tempo na garganta de Kraken, ergue a mão lotada de moedas para a aberração. O monstro lança um grande sorriso em contribuição, mas não parecia um sorriso bom, era um sorriso de ironia, como se ele quisesse dizer “Ta de sarcástico com a minha cara, né?”. Lucis, percebendo a fisionomia da criatura diz, não só para acalmar a si, mas também para acalmar a si mesmo, pois este já estava ficando com medo, e essa era uma das coisas que ele menos queria:
- És um presente, monstro do pântano...
O monstro lança um olhar mais que furioso para o garoto.
- Quer dizer... Err... Senhor majestade... – corrigiu antes que fosse devorado pela besta.
Ele lança sua língua que agarra as moedas – deixando cair uma ou duas no lago, mas com certeza não importara, pois o lago todo era seu. Logo engole todas as moedas só em um gole e lança um grande e breve arroto. Ele sorri. Graoooouur! Furioso ele golpeia com suas longas e grossas garras a ponte, fazendo um bom pedaço dela destruir-se.
- Não tente me enrolar garoto! – berra o monstro, lança sua língua que agarra Lucis pelo pescoço – Groour! Vou estrangula-lo até a morte!
O cavaleiro estava sem ar e assim não conseguindo fazer movimento algum! Bem devagar, sem ar, com o monstro detraído, gabando-se e rindo muito, arrasta a mão até a banhinha da espada e encosta no punho, ele estava sufocado por muito tempo, orava por força, para conseguir sacar a espada, mas depois de muito tempo, quase morto, consegue puxar a espada da banhinha e rasgar a língua da criatura.
O rugido de dor da besta foi grande, muito grande. Contorce-se para trás, com seu rabo chicoteando a água e com suas mãos a boca. Ele sussurrava diversas maldições contra Lucis, devia esta xingado-o de tudo de ruim.
Cego de fúria, inracionalmente a criatura ataca de todos os lados, se choca com uma árvore – mas ou menos do tamanho da Torre Eiffel – e cai no pântano inconsciente, formando uma ponte. O herói passa. Um pouco assustado, mas quem não ficaria, ele não só derrotou esse monstro terrível como também lutou contra mais dois monstros em só um dia!
Primeiro: foi atacado por um vampiro enquanto dormia.
Segundo: descansou sem saber em cima de um Gollen e acaba causando uma luta violenta.
E agora: atravessa um pântano, aonde se depara com o dono dele – que não era nada agradavel – e depois o usa como ponte.
Que grande confusão! É. Hoje não é um dia muito bom para Lucis, estava cansado e pretendia dormir naquela caverna, cujo mapa mostrava calma e sem monstros. Ele estava à frente dela, duvidando não ter monstros, pois parecia muito sombria. Era assustadora. Num instante pensara em não entrar ali, achava muito inseguro, mas lembrara das palavras do sábio Merlin: “O mapa nunca mente! Confie nele, foi eu quem fez!”, então entrou, mesmo com um pouco de desconfiança.
Assim que entra rochas caem, muitas rochas, cobrindo a passagem. Droga!, pensa, Ainda a saída, ainda a esperança!, repetia isso varias vezes em sua mente, mas realmente ele sabia um jeito de sair, mas sairia depois, pois ainda iria descansar, ali no escurinho tava bom.
Graarrrurr!
Lucis salta de susto. O que seria, o som Graaarrrurr se repetia diversas vezes, como se a criatura estivesse em vários lugares diferentes, mas ele não sabia, não dava pra ver, estava escuro. Uma idéia voa pela sua mente, Já sei!.
Ele ergue o dedo e ordena: Ascienssi!
Seu dedo produz uma pequena chama que ilumina o lugar, realmente não eram monstros e sim lobos, lobos ferozes e famintos com rostos cruéis e frio, Lucis ficava arrepiado só de olhar pros seus caninos e dentes pontudos e afiados, escorrendo baba, uma baba amarela, ou alaranjada. Suas peles eram cinza, um cinza bem claro, quase chegava à branca, mas ao mesmo tempo quase chegava a negro puro. Seus olhos eram tão penetrantes quanto uma adaga. É, sem monstros, dizia Lucis para si mesmo, Sem monstros, mas sim animais, animais quase monstros!.
Ele saca a espada com força, ainda com dedo aceso, abana a espada contra os lobos os afastando, mas não os intimidando, eles continuavam com sede de atacar o alvo, seus olhos brilhavam como raio. Lucis corre, mas não para fora da caverna, mas sim mais para o fundo, isso realmente foi uma idéia toda, pois os lobos sabiam mais do que ninguém sobre a caverna. Ele ainda corre, corre, corre, até chegar numa parte da caverna mais arrumada, parecia que tinha um mini-templo escondido na caverna, ali os lobos não entraram, apenas gemeram e soltaram um uivo, o garoto podia ouvir o som das patas das feras se afastando, até desaparecerem, o lugar não era belo, porem, bem arrumado para um lugar como aquele, como se uma pessoa morasse ali, e que havia contruido aquilo, melhor que nada. Era uma sala redonda, com piso rochoso, o lugar era lotado de estátua, de lobos, morcegos enormes e alguns de tamanho normal, tigres, outros animais e até pessoas! O humano que morava ali devia ser realmente uma pessoa artística! Tinha também pinturas em quadros pendurados na parede rochosa do lugar, pinturas de morte e cenas horríveis e escuras, mas também tinha umas pinturas de amor, duas pessoas se beijando o se abraçando, sempre as mesmas pessoas, também tinha desenhos esculpidos na parede, desenhos estranhos de uma mulher, que tinha a metade do seu corpo a serpente segurando uma flecha, lutando contra um homem, e outra figura, da mesma mulher, só que dessa vez lutando contra um homem e outra lutando contra um centauro e ect. Tinha lampiões espalhados pelo quarto, assim o cavaleiro podendo apagar a flama em seu dedo. Também tinha marcas de rastejo no chão ali, rastejo de cobra.
- Ola! – disse uma voz, vinda de um canto escuro do quarto. Uma mulher vestida de vestido de noiva que ia até os pés, com o véu cobrindo o seu rosto, com uma voz extremamente adorável se aproxima de Lucis. – Ola, o que deseja?
O herói não sabia o que dizer, então resolveu criar um assunto, para poder ser abrigado ali, pelo menos um dia, ele estava exausto.
- Hum... Você é uma ótima artista! – começou – Faz tudo tão bem feito, tão original, tão real, a posição dos personagens, parece até pessoas de verdade, mas feitas de pedra.
- Ah, muito abrigada, você é uma pessoa muito gentil, deseja comprar alguma obra? – respondeu num tom romântico.
Lucis pensou em falar que não, apenas olhando, aliás, como acharia uma loja no meio de uma floresta daquelas dentro de uma caverna cheia de lobos, que parecem não ter comido há mil anos, e ainda tinha sua entrada na frente de um pântano, com um dono não tão bem humorado. Ele estava começando a desconfiar, mas resolveu não comentar nada.
- Sim, sim, quero. – respondeu – Suas estátuas são muito interessantes, personagem bem caracterizados e reais, vieram de sua imaginação ou se inspirou em alguém?
- Não, não, eles são da minha mente mesmo, exceto um, meu marido, o maior amor da minha vida, ela andou até uma estátua, um homem com terno, assustado, com o rosto horrorizado – Era o amor da minha vida, meu único amor – dava para ver lagrimas escorrendo pelo véu que cobria seu rosto -, nunca vou me esquecer dos nossos tempos juntos, mas minha aparência não permitira que nós ficarssemos juntos para sempre e nem meu olhar... Ele morreu no dia do meu casamento com ele, até hoje, nunca mais, tirei o vestido daquele dia, em homenagem a ele...
- E esculpiu uma estátua sua. – completou Lucis.
Ela concordou.
- Então aquelas pinturas – disse o adolescente virando-se para os quadros de amor – são os tempos de você e ele juntos.
- Sim – respondeu ela -, e as pinturas de horror e os desenhos esculpidos na parede são os tempos depois de sua morte.
O cavaleiro se assustou, achou que ela estava brincando, fazendo uma piada sem grassa, pensou em rir, mas mudou de idéia quando viu uma pele de cobra. Achou melhor ir embora, estava com medo e desconfiando de alguma coisa.
- Bom, é... É que estou sem moeda e sem dinheiro, bom... Eu volto, amanhã talvez, juro que comprarei suas obras, pode ser até hoje, mas preciso... Eu preciso ir! Desculpe. – disse-a gaguejando.
- Ah, sem problemas, fique, por favor! – disse ela tirando o véu do rosto – eu posso esculpir uma estátua sua, e pinta-lo também nos quadros de horror, mas fique, vai, só mais um pouco!
Quadros de horror?, pensava o garoto, balançado a cabeça negativamente.
- Fique, por favor, gostei do nosso papo. – continuava a balançar a cabeça, o pobre guerreiro – Ah, não vai, ok – ela tira o véu – Vai ter que ser na marra!
Agora sua voz era aterrorizante, ele ouvira um som de pano ao chão, ela tirara o vestido seu corpo estava nu, mas da cintura para baixo encontrava-se uma enorme cauda de cobra, com um chocalho a ponta, sua pele era escura e escamosa, seios redondos como de uma ninfa, carregava uma bainha com muitas dúzias de flechas, braços finos com mãos que tinham garras imensas de bronze, em lugar dos cabelos tinham cobras e minhocas se agitando, famintas de carne, que olhavam exatamente para Lucis. Era uma górgona, a mais forte delas, Medusa, uma olhada em seus olhos, a pessoa, monstro ou qualquer outra coisa, vira pedra, Lucis sabia disso, de acordo com o que Merlin o havia dito: “Os olhos daquela górgona é poderoso, se diretamente olhar, pedra irar virar, com um espelho não funcionara, e a cabeça arrancada, ainda assim, servira”.

Com sua calda, Medusa golpeia as mãos de um centauro congelado, fazendo-lhe cair um Arco. Ela se abaixa e pega o Arco, apanha uma flecha da bainha em suas costas e atira no herói.
Por pouco ele consegue desviar, ergue a mão e grita: Phire Roll! Uma bola de fogo do tamanho da mão de Lucis é atirada de sua mão. Mas como não podia olhar os olhos da górgona, a esfera se choca contra – pelo estrondo – uma estátua, o herói ouvi algo cair no chão, olha. Um escudo grande e brilhante, que dera para ver até o próprio reflexo da pessoa estará caído ali. Tenho uma idéia, pensou contente, Tomaria que dê certo. A idéia do guerreiro era fazer com que Medusa olhasse seu próprio reflexo no escudo e transforma-se a si mesma em pedra.
Consegue ouvi o ruído de uma nova flecha ser disparada, desvia jogando-se para a sua direita e agarrando o escudo. Não funcionou, parece que o olhar petrificante dela só funcionava se olhasse diretamente em seus olhos e não o reflexo. Uma flecha passa de raspão pelo ombro de Lucis, mas não faz um corte tão profundo. Começara a sentir seu sangue quente escorrer pela capa vermelha a suas costas. Viu que estava perdido, a única coisa que conseguiria ali era ser atingido por mais flechas, então, depois de avistar um conjunto de lapides, correu e escondeu-se atrás de uma delas, logo a ultima, lá no final.
- Volte aqui! – berrava Medusa – Você pode ser uma das minhas melhores estátuas, faça parte da minha coleção!
Ela se aproximava vagarosamente, preparava sua arma para um novo tiro, aponta.
- Peguei você!
Mas a flecha acerta uma estátua, que caí no chão e com um estrondo quebra-se.
Lucis parou para pensar mais um pouco... Hm... Olhar que só funciona se olhar diretamente... Flechas... Escudos com reflexos... Yeah! Obrigado por essa idéia Deuses, isso é, se estiverem do meu lado. Pensa contente. Joga o escudo em sua mão contra a parede com um estrondo, fazendo Medusa virar-se para o lado em que Lucis está escondido, e aproxima-se lentamente.
- Yuuhuu! Jovem Lucis... Prepare-se...
Vendo a gógorna aproximando-se pelo reflexo do escudo, mesmo, se prepara, para atacar de surpresa o monstro-mulher. Ele via atente, suando, esperando pelo momento de se livrar daquele pesadelo... Aproxima-se... Aproxima-se... E mais... Mais... Smashit! De olhos fechados o herói infere um golpe com a espada, sem nem ao menos pensar no ataque. Abre os olhos com cuidado, e vê o corpo morto da mulher-cobra decapitado, com sua lamina examina calmamente o chão para pegar como troféu a cabeça da Medusa, não só como troféu, mas como uma poderosa arma... “...e a cabeça arrancada, ainda assim, servira.”
Depois de tatear mais uns segundos acha e paga a cabeça, com as cobrinhas e minhocas ainda gritavam e balançavam famintas, vivas em sua cabeça, pega, retira das costas sua capa e enrola a cabeça da górgona, e usa como uma bolsa pendurada na cintura. Ufa, os deuses estando do meu lado ou não, eu consegui!
Uma tropa de lobos avança sobre a sala vazia, Lucis saca a espada esperando uma reação violenta. Ao invés de algum tipo de ação negativa, os lobos se curvam e suspiram todos, Ó vosso herói! Um lobo com o dobro do tamanho deles, obviamente o líder da banda, pois, vestia uma armadura por cima do corpo, e carregava uma lança com a boca, para, deixa a lança no chão, abre a boca como se estivesse dando um sorriso, e diz em bom tom:
- É para ti, novo herói. Livrou-nos dessa ultima maldita das górgonas, raça que já vem nos amaldiçoando há muito tempo, obrigado por torna-as extintas, é pra tu, presente.
- Obrigado. – respondeu o garoto sem grassa.
Os vários lobos ao redor dançavam e cantavam, algo assim:

Com coragem e sem medo
Esse monstro tu deteu
Mesmo sem vantagens
Continuou e o venceu
Ó Lucis nosso herói
Ó segundo Perseu

Ó Lucis
Segundo Perseu
Com tuas garras
A ultima górgona com tua espada venceu

E continuaram...
- Obrigado, mas preciso ir. – disse o herói orgulhoso.
- Vá e siga tua aventura e que faça mais atos de heroísmos, que os deuses estejam com tigo! Boa sorte, use a lança, imagens tuas serão esculpidas no nosso reino! Assim como Perseu! – exclamo contente o lobão – Mas como sairás daqui?
Lucis sorri, aponta a mão para a parede rochosa e grita: Kebrahoxa!
Com uma explosão, uma abertura enorme é feita na parede, depois de se despedir do bando de lobos, passa pela passagem, agora estara no outro lado da floresta. Que é o mais perigoso...
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Em breve Quarto Capitulo: NETURNO, A VILA DOS ELFOS DA NOITE

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CAPITULO DOIS

OS CAÇADORES DE LENDAS

O sol se põe no céu e Lucis acorda. Ouve barulhos de harpas e flautas a tocar e muita musica antes de abrir os olhos. Percebe que esta em cima de algo confortável e macio, então imediatamente abre os olhos e vê que não esta mais no mar e sim num tipo de quarto feito de madeira em cima de uma cama. Levantou-se e logo depois da uma olhada numa janela redonda na parede e vê que esta sobre o mar. Isso mesmo, ele estava num navio, havia sido sequestrado, mas e o seu amigo? Onde será que Rindiguistes esta? Abre a porta, uma grande festa esta acontecendo, algumas pessoas com um lenço amarrado a cabeça e com tapa olhos em um dos olhos tocavam flautas alegremente e outras varriam a sujeira feita pelos convidados da festa, alguns carecas, sem camisas com pistolas a sua cintura ou espadas pequenas e tortas tocavam harpas ou dançavam alegremente, outros gorduchos que estavam sentados a uma grande mesa redonda de madeira cantavam auto ou batiam as mãos a mesa no rítimo da canção com a atenção de todos. E sentado a uma grande cadeira fofa e preta, estava sentado um homem com uma longa barba preta que chegava ao peito, vestia uma roupa de couro muito elegante e um chapéu também de couro preto, um tapa olho com um desenho de uma caveira, uma pistola na bainha direita e uma espada grande e torta na esquerda, segurava uma grande garrafa de vinho na mão (que às vezes tomava um grande gole), apreciava a festa com um grande sorriso que mostrava seus dentes amarelos, ele também gostava da musica que os gorduchos cantavam e a acompanhava, pois obviamente conhecia ela, era mais ou menos assim:

Eu sou o pirata da perna de pau
Do olho de vidro
Da cara de mau
Eu sou o pirata caçador de lendas
Procuro o Kraken
Navego na Piguenta
Eu sou o pirata da espada de ouro
Na Piguenta
Procuro o tesouro
Eu sou o pirata que vai para o norte
Enfrento tudo
Enfrento até a morte
Eu sou o pirata dos dentes amarelos
Desafios são duros
Cortamos elos
O pirata que esta navegando
Conquisto o tesouro
E depois fico me gabando

E muito mais trechos. O grande homem das barbas negras que vinha até o peito e que segurava a garrafa de vinho vê Lucis, então se levanta, para de cantar e vai até ele.
- Vejo que já acordou, deixo me apresentar – diz ele tirando seu grande chapéu preto, revelando longos cabelos pretos -, sou o capitão desse navio-pirata, capitão Barba-negra e meu navio se chama Piguenta.
- Navio-pirata? – grita o garoto – Vocês são piratas?
- Carambolas, você não ouviu a musica? – reclama o rei – Claro que somos!
- Mas...
- Sem mais nem menos, Sr.Lucis, seu amigo o espera naquele quarto, desculpe, mas você não é bem vindo nesta festa, é para piratas e não cavaleiros.
- Como você sabe... – tentou dizer ele novamente, mas foi interrompido por Barba-negra.
- Seu amigo, Rindiguistes contou tudo, sobre a viajem e a sua busca, mas agora vá, antes que seu café da manhã esfrie!
Quando o pirata disse sobre o café da manhã o jovem menino corre em disparada para a porta que ele apontara. Lá estava Rindiguistes sentado, comendo pão com ovos, tinha manteiga à frente dele e requeijão fora de seu alcance, sem mencionar mais seis pães no centro da mesa dentro de um prato de prata.
- Oras, achei que nunca acordaria. – diz ele com um pedaço de pão na boca. – sirva-se.
Lucis lambe os beiços, corre para a mesa, depois de cheirar o ar que cheirava a pão fresco, come três pães inteiros e um copo de vinho doce.
- O vinho dos piratas é muito bom, foi o melhor que já tomei. – ele elogia.
- Mas é claro, você tem apenas dezessete anos e provou muito poucos vinhos, já eu vou fazer sessenta e já provei milhares de vinhos...

E depois bebe mais dois copos de vinho. Depois de estar satisfeito começam a conversar, o motivo de o capitão barba-negra ser tão bonzinho.
- É porque ele foi um grande amigo de meu pai, Iesirius, filho de Ieseres, segundo rei de Ieseres, quando eu disse “bom dia senhor, sou Rindiguistes, filho de Iesirius e neto de Ieseres, primeiro rei e fundador de Ieseres, a cidade”, ele ouviu minhas palavras e se encantou, nos botou na cama mais confortável (para pedestres) e nos dará café da manhã, almoço e jantar para dois dias. Ele até nos deu espadas novas, é claro de piratas. – ele pega uma espada uma banha torta em forma de banana e bastante pequena (para uma espada de cavaleiros).
Depois de baterem mais um papo um marujo com um lenço amarrado na cabeça e um cigarro na boca abre a porta.
- O capitão quer falar com cês. – disse.

Após novamente passarem pela movimentável festa chegam a uma pequena sala onde se encontra o capitão.
- O que deseja, senhor?
- Vocês ainda tem muita coisa a esclarecer... – diz o pirata com um sorriso.
- Eu achei que já tinha esclarecido tudo. – responde Rindiguistes.
- Não, falta uma coisinha... – ele se levanta, puxa duas cadeiras de madeira e senta novamente. – Sentem-se. – o marujo que os acompanharam pega um bule e põe a mesa onde os três estão sentados. – Sirvam-se – então serve chá quente em três copos de madeira (um para si e resto para os outros dois) – Bom o chá, não é?
- Sim, mas o qual coisinha que você ainda precisa saber? – pergunta Rindiguistes impaciente.
- Ah sim! – Barba-negra fuma seu charuto e então responde: - Como vocês ficaram perdidos no mar?
- Mas eu já disse, fomos atacados por um monstro milhões de vezes maior que uma serpente marinha! – reclama o rei.
- Mas que monstro seria milhões de vezes maior que uma serpente marinha?
- Bom, eu n...
- Um monstro com quatro braços – interrompeu Lucis -, ele era tão grande que não tava para enxergar seu rosto, mas quando ele abaixou para dar um rugido deu para ver que era como se fosse um touro escamoso, sem chifres e com dentes afiados, foi isso o que eu vi.
- Não pode ser possível! – exclama o pirata fazendo uma cara assustadora, mas logo depois lança uma grande gargalhada que ecoa na sala. – Eu sabia que a lenda era verdadeira! Eu sabia!
Os dois aventureiros ficaram confusos. Vendo a confusão deles o pirata chama-os com um “sigam-me”.
Foram para o local barulhento onde a festa acontecia, os três subiram ao palco, a musica continuava, mas com um sinal o capitão fez parar e com um grande sorriso no rosto começa a falar:
- Alegres piratas, quero lhes dizer com toda a alegria a informação dos nossos visitantes – alguns piratas cochichavam coisas baixinhas com outros -, esses dois cavaleiros descobriram uma coisa que os piratas tentam descobrir a anos. A lenda é verdadeira: o Kraken existe!
Quando ele disse isso os piratas gritaram, alguns caíram da cadeira, outros deixaram à bebida derramar em sua própia roupa.
- Kraken? – diz Lucis confuso.
Quando ele diz isso Rindiguistes dá uma cotovelada no ombro dele
- Ai! – resmunga o jovem – Por que você fez isso?
Ele apenas pisca em respostas e Lucis entendeu aquilo, era um “não fala nada” ou “fica quieto”, pois como havia dito, esse rei gosta muito de dinheiro e achava que poderia ganhar muito ouro dos piratas sendo o descobridor do tal Kraken.
- Por isso – continuou o pirata -, vamos voltar a onde encontramos estes dois e captura-lo!
Muitos gritos de guerras ecoaram o navio, a festa acabou, agora todos preparavam os canhões para a batalha. Os dois aventureiros correram até o capitão.
- Mas senhor, é muito perigoso, você não imagina o tamanho do monstro, essas bolas de canhão são como bolas de gude para ele! – grita o jovem aventureiro não querendo desperdiçar a sorte que teve da ultima vez. – Ele vai destruir esse navio com um assopro!
- Calado, nada pode interromper minha busca! – retruca barba-negra furioso.
- Mas pra ele nós somos formigas e uma serpente ma...
- Eu já disse pra ficar calado! – gritou o pirata mais furioso ainda, seu medo nunca superaria seu orgulho – Se não mando vocês para a prancha! Tem tubarões nessa parte do oceano!
- Mas a nossa recompensa...
- Rindiguistes! – brigou o adolescente.
- Ta bom... – responde ele.
- Desculpe – Lucis saca a espada de piratas que o capitão lhe dera com fúria e aponta-a para o capitão. -, mas não podemos deixar você fazer isso.
Barba-negra solta uma gargalhada alta, um grande sorriso aparece no rosto do pirata que saca a espada suavemente.
- Você acha que vai me matar, pirralho? – diz.
Então o garoto avança e ataca o pirata com a espada que defende e desarma-o, fazendo a espada cair com um estampido na água.
- Que droga! – gritou o guerreiro com fúria.
Pois então, Rindiguistes ataca o pirata que também defende e desarma-o, mas agora cortando a o dedo indicador da mão direita dele. O rei geme de dor.
- Rindiguistes! – grita o seu parceiro.
De repente uma onda gigante cobre uma metade da piguenta (a metade onde barba-negra estava). A outra metade começou a afundar. Lucis e Rindiguistes caem na água, eles avistam o Kraken. Uma grande baleia azul abocanha o rei de Ieseres e tenta abocanhar seu parceiro também, mas este consegue fugir, mesmo assim acontece o pior: Lucis está num lugar escuro, gosmento e com um cheiro fétido horrível, podia sentir um vento quente circulando pelo local. A garganta de Kraken.

Lá tinha muitas coisas (alem de esqueletos humanos e ossos de outros animais, como serpente marinha), tinha roupas velhas e algumas rasgadas, pedaços de papeis e pergaminhos, metais enferrujados (ou alguns não) entre outros.
Era possível ouvir o som das águas a fora. Lucis perdera a esperança, não espera sair dali, acha que as únicas coisas que podem acontecer são: escorregar e cair da garganta e ser digerido ou ficar naquele lugar horrível o resto de sua vida. A única coisa que ele “gostava” de fazer era ler os pedaços de pergaminhos velhos e paginas de livros, ele achou um livro com algumas paginas rasgadas lá, seu titulo era Aprenda a língua antiga dos cavaleiros magicos, o livro dizia que era apenas aprender, pois o efeito da língua era apenas realizados pelos cavaleiros magicos, isso mesmo, os cavaleiros mágicos falavam normal, mas tinham uma língua antiga, que são ordens que acontecem, como por exemplo nitphirinssi que significa queime-se, ao dizer isso o cavaleiro mágico faz a coisa para qual ele apontara a mão queimar-se, por isso que se chamam cavaleiros magicos, pelo fato de serem cavaleiros que são “magicos”, o livro também diz o fato de que todos os cavaleiros magicos foram extinto num tipo de guerra contra os magos, pois estes não aceitaram não serem a única raça que ao dizerem palavras em sua língua faz acontecer o que o prenunciador manda, mesmo os magos terem a magia maior, eles não são capaz de fazer o que os cavaleiros magicos poderiam fazer, a magia de poder matar: dillius, a palavra que significa morra, mas os cavaleiros magicos proibiram o uso dessa magia entre seu povo, e quem a usa-se seria punido, bom, os cavaleiros magicos foram extintos e magos poucos existem. Lucis se interessou no livro e o leu varias vezes, acabou aprendendo um pouco da língua, pena que não poderia usa-la. Viu que ao final do livro tinha uma observação, estava escrito algo assim:

Obs.:Os cavaleiros magicos são os piores inimigos dos centauros, pois estes desafiam suas leis.

E com uma assinatura um pouco depois.

Este livro pertence a Peter M. Augustin

Quando o garoto ficava cansado, usava alguns objetos fofos como travesseiro e dormia, pelo menos ali estava seguro.
Depois de uma semana desde quando foi devorado pelo monstro, Lucis encontra uma coisa que parecia familiar, um pergaminho fechado com uma fita vermelha, ele abre. O mapa no qual havia perdido dias antes. “Então as minhas outras coisas devem estar por aqui!”, pensou ele mais confiante, “Se eu achar a minha mochila com comida, talvez eu sobrevida pelo menos mais uma semana”. Então ele começa a procurar suas coisas por lá, ele acha a espada e a mochila, mas nada de comida, então guarda o livro Aprenda a língua antiga dos cavaleiros magicos nela. “Bom, já achei a espada e o mapa”, pensa, “Tenho uma idéia”, ele pega duas pedras e esfrega uma com a outra, uma fogueira se faz. Nada acontece. O bafo forte de Kraken apenas passa e apaga o fogo. Lucis desanimou-se novamente
O adolescente fica mais uns dias ali e acaba encontrando seu arco e mais algumas flechas, “Tenho outra idéia!”, pensa reanimado, “Tomaria que funcione”. Pega seu arco e põe uma flecha, mira no céu da boca da criatura, estica o fio do arco o máximo possível e atira. Nada acontece. “Para causar dor nele deve ser preciso bastante flechas”, pensa ainda confiante. Então faz isso varias vezes,até restar uma única flecha, mas nenhum resultado aparece como antes.
- Droga! – reclamou consigo mesmo – Nada o afeta!
Sem querer ele avista a goela do monstro, balançando lá no fim da garganta, tem uma idéia brilhante. Apanha a ultima flecha e a coloca no arco, mira na goela, “Esta muito longe”, pensa, sendo assim ele se aproxima aos poucos com passos leves que ao tocarem no chão duro, gosmento e alagado de saliva fazia um glup glop, após achar que esta bem perto e não tem risco de cair garganta a baixo, estica novamente o fio do arco o máximo possível e dispara, plaft, a flecha acerta bem no centro da goela que sangrava muito, Kraken urra de dor, um urro forte que faz sua garganta estremecer, Lucis escorrega e cai, mas consegue se pendurar na goela de Kraken, só que era escorregadia, ele não poderia ficar ali por muito tempo, mas a fera solta um urro maior quando o garoto se pendura e esse urro foi tão forte que fez sair uma grande rajada de vento de sua boca, fazendo Lucis cair dela, a queda seria grande se não fosse amortecida pelas folhas secas de arvores no chão da floresta. Espera ai! Folhas, arvores, floresta. Finalmente, ele estava em terra firme!
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Capitulo três - Floresta dos centauros em construção

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CAPITULO UM

ATRAVESSANDO O OCEANO

- Bom, já é hora de ir, pequeno Lucis, quero dizer, cavaleiro Lucis. – diz Merlin ajeitando a sua grande túnica azul-claro e pondo seu chapéu pontudo e cinzento à cima seus grandes cabelos brancos, olhando Lucis sobre seus oclinhos de gráu – Pegue suas coisas e alimento e parta para sua aventura, eu e Jony vamos acompanha-lo só até Ieseres e depois de lá voltaremos, não vamos embarcar com você.
É a primeira vez que o jovem Saint Lucis, um garoto de apenas dezessete anos, vai ir muito além das fronteiras de Arcade. Estava ansioso para ir, mas ao mesmo tempo com medo do que poderia encontrar pela frente, poderia enfrentar coisas muito piores que duendes, urubus, lobos, bruxas e coisas do gênero (que é o que enfrentava em seus treinamentos com Jony), ele poderia encontrar Dragões, Hidras, Vampiros e até mesmo seres que não e nunca abitavam em Arcade como Centauros, Ursos e Aranhas gigantes, Baziliscos e ect, sem mencionar que não teria um tutor ao seu lado dando dicas de como fazer e lidar com as coisas, agora ele estaria sozinho em muitos perigos.
- Então vamos. – o garoto diz com um suspiro e pega uma pequena mochila onde guardava água, ovos e frutas e talheres. Vocês devem estar imaginando: “Por que ele levar ovos se pode pegar nos ninhos de pássaros no caminho – que com certeza era o que mais tinha por lá –, por que levar frutas se pode pegar das arvores e por que levar água se pode tirar dos rios e das lagoas?”. Não é bem assim, ele não pode meter a mão em um ninho, beber água de um rio ou tirar a fruta de uma arvore na boa. Alem de passar uns quatro dias navegando no Oceano Atlanto que não tem comida e sua água é azeda, ele vai passar uma grande parte da aventura na floresta dos centauros! Vocês estão imaginando isso porque não conhecem os centauros, mas não se preocupem, é minha obrigação descreve-los para vocês.
Os centauros são criaturas cujo da cintura a baixo tem corpo de cavalo e tronco a cima um humano com o rosto extremamente feio e desagradável, não tem dentes muitos pontudos pôs não cassam muitos animais e coisas do tipo, não comem frutas, eles comem apenas insetos, uns quinze insetos (pequenos) por mês, eles podem ficar sem comer e fazer suas necessidades por muito tempo (mas ou menos um mês), eles não são como os humanos que passam um sufoco pra matar um pequeno inseto, nem como os sapos que esticam suas línguas para capturar um e nem desperdiçam suas flechas usando seus arcos para atirarem neles, na verdade eles não precisam, eles são os seres mais velozes da zona dos cavaleiros, então podem muito bem apanha-los com as própias mãos e depois come-los. Eles não só são muito habilidosos como também são muito exigentes. Protegem a sua floresta com tudo que podem, se pegar alguém comendo de uma arvore, banhando-se ou bebendo de um lago, roubando ovos de um ninho ou muito menos matar uma criatura, mas sangrenta que seja, eles podem expulsa-las da floresta, jogar ao mar, torturar, atirar flechas com seus arcos, dar banho de lava e muitas outras coisas que nem eu e nem vocês, podemos imaginar. Por isso que o jovem Lucis precisa levar bastante comida.

- Então vamos em frente! – diz Jony andando até a porta da cabana fazendo sua longa barba branca acinzentada balançar – Vamos antes do pôr do sol, pode crer, você não vai querer passar o seu primeiro dia de viagem na escuridão do Oceano Atlanto, sem mencionar que á muitas serpentes noturnas lá, mas do mesmo jeito terá que passar pelo menos três noites lá, mas vamos! Aprece-se!
Lucis se arrepiou ao ouvir “serpentes noturnas lá”. Merlin riu.
- Não o assuste, Jony, não quero que ele desista de ir logo agora depois de dez anos de treinamento. – diz Merlin lançando um longo sorriso.
- Não... Eu... Não vou desistir! – Lucis conseguiu gaguejar depois de um momento amedontrado, mesmo a voz saindo fraca e roca.
O mago lançou um sorriso maior.
- Que bom. – resmungou Jony – Então vamos logo!
- Não tenha tanta pressa, Jony! – brigou o velho sábio com raiva – Você não acha que ele vai cansar se ter de andar até Ieseres?
- E daí? – resmungou ele novamente.
- Não é bom cansar sem nem ao menos começar a aventura! – o mago responde ainda mais enfurecido. - Ou você discorda? A sua impaciência pode levar a morte de Lucis!
Querendo ou não ele estava certo e o pobre anão sabia disso e tinha de aceitar.
- Tudo bem, tudo bem, mas como vamos ir então? Não temos cavalos e os cavalos alados foram extintos.
A fúria de Merlin neste estante some e então chama seu Gnomo: “Willians!”. O humilde Gnomo com roupas rasgadas e sujas com uma expressão má no rosto, chega à pequena sala de estar da cabana do mago.
- Willians ao seu dispor, mestre – disse ele humildemente.
- Pegue aqueles três pôneis que encontramos. – ordenou Merlin.
Willians trouxe três pequenos pôneis e disse em frente à porta da cabana:
- Aqui estão os pôneis que pedira, ò, senhor Merlin, meu mestre.
- Onde os conseguiu? – perguntou Jony curioso.
- Achei quando sai pra passear nas montanhas enquanto vocês treinavam no lago Millon. – responde o velho ajeitando novamente sua túnica.
Ótimo – diz Lucis indo até seu pônei e começa a caricia-lo – Assim o problema já foi resolvido, então é melhor nós irmos, já vai escurecer.
O garoto sobe em cima de seu pônei e com um sinal chama os outros.
- Tem razão. – concorda o anão balançando a cabeça e logo depois também sobe em cima de seu pônei (claro que era o menor) e Merlin no seu que é o maior.
Passaram pela abandonada cidade Nimbus, que teve mais que a metade de sua terra aterrada pelo gelo de Atlanta que transmitia seu frio para o Oceano Atlanto (por isso que ele se chama assim) que transmite seu frio para Nimbus, como era uma cidade abandonada não teve proteção e ficou assim, coberta de gelo. Descem dos pôneis quando chegaram a Ieseres comandada por Redinguistes, que chega a eles erguendo a mão. É claro, estava cobrando as despesas, ele sempre fora assim, obcecado por dinheiro e por isso vive nesse trabalho de alugar barcos.
- Oh sim! Deixe me ver... – Merlin enfia a mão em um de seus muitos bolsos de sua túnica e tira três moedas de prata – Não tenho uma moeda de ouro como deseja, mas tenho essas três moedas de prata, vossa alteza, se não o agra...
- Que seja! – interrompe Rindiguistes pegando as moedas que Merlin oferecera – Pra onde quer que eu os leve? Ilha Gäparanzafu, ilha Shiwã, ilha Vagã ou...
- Dessa vez não vou – interrompe Merlin –, ele é quem vai.
- Que seja! – resmungou ele – Mas respondam, onde quer que eu leve ele? Para Ilha Gäparanzafu, ilha Shiwã, ilha Vagã, ilha...
- Não vamos para nenhuma ilha, vossa alteza. – interrompeu o velho mago novamente antes que o rei falasse todas as ilhas do oceano – vamos muito mais além.
- Ah, então é por isso que esse jovem rapaz esta todo aconchegado... Vocês vão para Atlanta! – tenta adivinhar.
- Não, não, não. Vamos para Armagedan, mas vamos por esse lado daqui – Merlin aponta para direita -, pôs na esquerda tem muitas serpentes marinhas, aqui tem muito menos, mesmo ele tendo de pousar na floresta do centauro e isso é peri...
- De jeito nenhum! – grita Rindiguistes – Nunca vou correr o risco de atravessar todo o oceano para chegar numa floresta daquelas, é como diz o ditado “Da frigideira para o fogo”, é suicídio! De jeito nenhum!
Merlin da um suspiro, faz uma cara triste e olha para o mar, mas ele não estava nada infeliz, o sábio mago tinha um plano e nunca nenhum plano de Merlin falhara!
- É a primeira vez que vejo isso. – suspira ele.
- O que? – pergunta o rei curioso. Achava que ele estava falando de alguma coisa no oceano, mas não era.
- Um adolescente de dezessete anos é mais corajoso que um rei! – responde o mago.
Redinguistes ficou boquiaberto com sigo mesmo, os seus olhos estavam arregalados. Pensou mais encorajado: “Como eu, um rei, posso ser medroso e um garoto de dezessete anos corajoso?”. Agora seus olhos arregalados ficaram sérios e em seu rosto desenhou-se um longo sorriso.
- Vamos embarca!
O mago pisca para Lucis, que lança um grande sorriso em resposta. Ele entra em um barco de quinze pés, feito de madeira, acompanhado de Rindiguistes, que corta a corda que segurava o barco na borda e juntos embarcaram. Merlin e Jony acenavam para Lucis e virce e versa. Logo depois o mago e o anão ficaram do tamanho de uma barata adulta, agora de uma formiga e agora sumiram. Não dava mais pra ver a cidade, eles já estavam bem longe da borda. Depois de uma hora embarcando o céu começa a escurecer, estrelas surgiam no céu, mais uma hora se passou e o céu ficou completamen-
te escuro, não dava pra ver nada, bom só um pouco, pois a luz das estrelas ajudava. Lucis tira a mochila das costas e bota no chão do barco, meche aqui e ali procurando alguma coisa.
- O que você esta procurando? – pergunta Rindiguistes.
- O mapa da zona norte que Merlin me deu, mas nesse escuro ta difícil – responde ele enfiando a cabeça dentro da mochila para ver se encontra, mas não adiantava, só deixava mais escuro.
- Trouxe uma lamparina. – diz o rei pegando uma lamparina em sua sacola e erguendo-a para Lucis.
- Carambolas, por que você não disse antes? – resmunga o garoto com raiva pegando a lamparina da mão dele. – Achei!
Ele tira um mapa velho empoeirado da mochila, aproxima a lamparina dele e começa a observar.
- Como já navegamos mais ou menos duas horas devemos estar aqui, segundo o mapa é uma área perigosa – diz apontando o dedo para um desenho de uma cauda de baleia no mapa. –, tem baleias aqui, mas são baleias noturnas, elas devem estar dormindo, pois são oito horas, é melhor remarmos mais rápidos antes que elas possam acordar e nos devorar.
- Boa idéia!
Então os dois começaram a remar o mais rápido possível. Assim se passaram mais uma hora e eles finalmente saíram daquela área.
- Aqui já esta bom, vamos parar de remar e dormir, temos um longo dia amanhã!
E foi isso que fizeram, cada um fez seus guarda-coisas de travesseiros (Rindiguistes sua sacola e Lucis sua mochila) e dormiram

Quando o sol se pôs no céu os dois acordaram.
- Estou com fome, não comi desde ontem à tarde quando saímos. – resmungou o rei pondo a mão na barriga. – Trouxe comida?
- Trouxe – confirmou o jovem -, mas é melhor guardamos para a floresta dos centauros, vamos comer peixes.
Falando isso o garoto pega seu arco e prepara uma flecha, da um disparo e acerta em cheio num peixe que parecia ser delicioso. Lambe os beiços e prepara para pega-lo, mas neste momento uma criatura de olhos negros sem pupila, corpo e rosto de uma mulher linda e nua, põe seu tridente no pescoço de Lucis, mas não o mata, apenas o ameaça. Sem duvida era uma sereia.
- Não! Comoss ouççça? – ameaça ela com uma voz abafada que saia como um suspiro – Acabass de matar um peixxxe!
- Perdoe-me, perdoe-me! Não vou fazer isso de novo, peço desculpas! – grita o adolescente com medo de ser morto logo no inicio da aventura.
- Estass perdoado, mass sse repetirrr sserass punido. – a criatura mergulha no lago e desaparece de vista. A sorte dele que as sereias são seres adoráveis e purificados que dão o perdão fácil, mas na segunda vez é diferente.
- Esqueci, tem sereias nessa área e elas não são noturnas, não gostam que matem peixes, pode-se matar qualquer animal que não seja peixe – disse ele ofegante.
- Então por que não a matou? – disse Rindiguistes com um sorriso bobo. – I é, esqueci que elas são metade peixe.
- E se eu tentasse ela me mataria! – disse Lucis com raiva da brincadeira do parceiro. – Que droga, uma flecha gastada a toa!
Uma garça atira-se no oceano e tira um peixe, as sereias pulam com um grito e tentam fita-la com seus tridentes, mas a garça voa pra bem alto e longe dali onde as sereias não podiam alcançar.
- Pelo menos as garças tem sorte... – resmungou o velho rei.
Três horas se passaram depois deles comerem o café da manhã não tão agradável.
- Já vai dar meio dia. Ainda tem sereias nessa área? Podemos comer peixes para o almoço. – pergunta Rindiguistes que nada sabe sobre aventura
Lucis ri e responde:
- Vai ter que aguentar mais um pouco, Rindiguistes, ainda tem sereias aqui.
Ele consegue ver o rei fazer uma cara zangada e ri, pois estava feliz em ser acompanhado por alguém, mesmo por alguém que nada sabe de aventuras, mas por alguém irônico. Navegaram mais uma hora e pararam um pouco para almoçar. Torraram o ovo com a luz da lamparina e comeram, depois dividiram um pouco de água. Então navegaram mais quatro horas e pararam para lanchar, mas antes que Lucis enfiasse a mão dentro da mochila para pegar mais dois ovos, Rindiguistes diz:
- Já cansei de ovos e água, vamos arriscar a matar um peixe, já navegamos umas oito horas desde que você encontrou aquela sereia.
Ele parecia estar louco, mas estava completamente certo e o jovem adolescente queria dizer as mesmas palavras que o seu parceiro dissera desde quando almoçaram, então concordou. Pegou seu arco novamente, apontou a flecha para um peixe que se preparava para dar um salto e quando ele saltou Lucis atira e a flecha acerta novamen-
te em cheio no peixe. Os dois gritaram um grito de felicidade e novamente quando se preparava para pegar o peixe a mesma sereia aponta seu tridente ao pescoço de Lucis, mas novamente não o machuca, só o ameaça como antes.
- Não! Repetiu! Tuss dissse que não iasss repetir, tuss mentiu! – ameaça ela furiosa, mais furiosa que antes – Pagarass carrro por issso, mentirossso! Ficarasss sss...
A criatura agora para de falar e faz uma cara de medo, seus olhos se arregalam como se ela tivesse visto um fantasma, berra um urro aterrorizante e mergulha na água, nada o mais rápido possível para o fundo do oceano.
- O que aconteceu pra ela fugir desse jeito? – pergunta Rindiguites.
Lucis dá de ombros que significava “não faço a mínima idéia”, até que sente um bafo quente batendo em suas costa e em seu cabelo, uma gosma gosmenta que parecia saliva (e era) cai nos ombros de Rindiguistes que faz uma cara de nojo. Rapidamente os dois viram para trás e vêem a cabeça de uma criatura imensa (que era igualzinha a cabeça de um dragão) olhando para eles com seus grandes olhos vermelhos cor-do-fogo, lambendo os beiços, deixando escorrer saliva pelo canto da boca que cai em cima dos ombros do rei de Ieseres e de suas narinas saia um bafo quente e fétido. Era sem duvida uma serpente marinha! O jovem menino e companhia ficaram ali paralisados de medo olhando para o imenso monstro que sorria diante deles.
- Que beleza! Comida servidinha no pratinho, paradinha diante de mim. – diz a criatura que parecia faminta – Por onde eu começo?
- Rindiguistes, saque a espada! – grita Lucis sacando a espada e encorajando o parceiro que também saca.
- Ah! Querem lutar? – a serpente mergulha sob o barco e aparece do outro lado, fazendo os dois virarem pro lado que ela foi – Desculpe, mas não costumo brincar com a comida antes da refeição.
O monstro prepara-se para abocanhar os dois juntos com o barco, mas de repente a expressão no rosto dele que era feliz virou assustadora, seus grandes olhos vermelhos ficaram imensos, já que o mostro arregalou os olhos, logo depois mergulhou e se foi, como a sereia. Dessa vez não tinha um bafo quente batendo as costas de ninguém e nem saliva escorrendo no ombro, mas mesmo assim viraram-se para trás para ver se a criatura fugira de alguma coisa que tivera medo, como ocorreu com a sereia, mas afinal de contas do que uma serpente marinha teria medo? Quando viraram viram um imenso monstro de quatro braços, mil vezes, quer dizer, um milhão de vezes maior que a serpente marinha que fugira. Deu um grande rugido que fez sua propia pele escamosa tremer e é claro, fez o pequeno barco onde Lucis e Rindiguistes estavam se mover muito rápido para a direita, pôs o rugido da criatura provocou uma grande ventania no mar, como a ventania forte de uma tempestade. Para piorar o monstro solta um outro rugido ainda maior, que dessa vez faz uma onda, quer dizer, uma tsunami que faz o pobre barquinho de madeira dar cambalhotas pelo mar. A espada que eles aviam sacados escapuliu da mão deles, a mochila de Lucis que continha o mapa, talheres e alimento e a sacola de Rindiguistes que continha lamparina, dinheiro e algumas coisas não importantes se perderam pelo mar. Depois que a tsunami passou os dois subiram para a superfície e se agarraram a um pequeno pedaço de madeira (que provavelmente era do barco).
Nem um sinal do monstro, ele se fora e isso era bom, mas mesmo assim eles perderam a esperança, pois estavam sem comida, perdidos no meio do mar sem mapas, teriam de ficar sem luz a noite e poderia haver um ataque de animais noturnos, também não estavam armados.
- E agora? Não sabemos onde estamos e para que direção ir. – choraminga o rei.

E ficaram ali por um bom tempo, parados sem comer e beber, podendo a qualquer hora ser atacado por animais perigosos.

A noite chega e a escuridão toma conta do lugar, quando os dois estavam prestes a dormir viram algo: dois grandes olhos vermelho cor-do-fogo os observando.
- Vocês tem sorte por sobreviverem, foram os primeiros humanos que ao olhar ele não morreram, são os únicos humanos vivos a virem ele – diz a criatura não tirando seus olhos deles -, mas deixaram de ser, pois eu voltei e vou devora-los.
O monstro que estava ali olhando e falando com eles era a serpente marinha que haviam encontrado algumas horas antes, os mesmos olhos, a mesma voz e como ele mesmo disse “voltei”. Lucis e Rindiguistes ficaram parados, tremendo e morrendo de medo. Quando dois olhos amarelos se aproximaram.
- Não perca tempo com bobagens! – disse – Acabei de matar duas baleias, vamos jantar, ainda vai ter sobra.
- Mas que tal levar esses dois para outro dia? – perguntou a serpente dos olhos vermelhos virando-se para a de olhos amarelos.
- Perca de tempo! – gritou a outra – vamos embora.
Os quatro olhos que iluminavam o lugar desapareceram fazendo um estrondo na água. Os dois suspiraram com um “ufa”, eles tiveram muita sorte por ter aparecido aquela outra serpente marinha que aparentemente era muito maior, se não nem eu sei o que poderia ter acontecido, mas elas os deixaram com uma pequena duvida: o que ou quem é o “ele” que a serpente dois olhos vermelhos tanto dissera?

Eles não podiam dormir, pois a qualquer ora poderiam ser atacados por monstros noturnos, então fiseram um acordo: um deles não dormiria e ficaria vigiando enquanto o outro dormia. O escolhido foi o pobre Lucis, pois era jovem e enxergava melhor que Rindiguistes, que dormiu, mas o garoto não aguentou ficar acordado a noite toda e dormiu também, em cima da madeira do barco, num sono profundamente profundo.

PRÓLOGO

Arcade era a cidade mais bela de toda zona dos cavaleiros. Era aonde os javalis mais gordos corriam das Hidras, grandes dragões de três cabeças. Onde as Harpias mais belas encantavam até mesmo as criaturas mais honradas, os Grifos, seres com corpo de leão, cauda de serpente e asas de pássaro e quando isso acontecia surgia o Hipogrifo, ser com o corpo courado de leão e rosto e asas de um pássaro, ele passa pelo céu que evita chover admirando a beleza do Hipogrifo. Onde os Kappas, tartarugas assassinas e sanguinárias, cujo o prato predileto são sereias, criaturas belas, metade mulher, metade peixe que andam sempre acompanhadas de um tridente como os demônios, criaturas das cavernas que podem assumir a forma de qualquer ser humano.
Lá os Vampiros, demônios sugadores de sangue que usam sua beleza para atrair mulheres e logo depois devora-las, ficam em guerra com os Lobisomens, homens que a lua cheia se transformam em lobos que andam eretos como os humanos.
A cidade tinha muitos castelos e na maioria deles habitavam bruxas, velhas que preparam maldições em grandes caldeirões e muitas sendo preparadas com ossos de Behemoths, monstros gigantes com forma de leão. Não só as bruxas fazem magia lá, as fadas, damas do tamanho de um polegar que brilham eternamente, são aliadas dos Elfos, pessoas com cara de coelho que possuem arco e flechas magicos com um exelente poder de levitação, um dos principais ingredientes para construir o arco era o olho de um Ciclope, gigante de um olho só que devoram Gnomos, anões verdes e inocentes seguidores de magos, velhos sábios com poderes magicos, acompanhado sempre de uma Fênix, pássaros de fogo muito belos, tão belos quanto as Musas, mulheres lindas muito parecidas com as ninfas, moças belas que habitam lagos.
As Quimeras, seres com corpo de cachorro e três cabeças: uma de leão, outra de dragão e outra de cabra, corriam pelos campos de Arcade. Foram muito úteis na guerra contra a cidade de Neméia e acabaram ficando muito amigas dos humanos como cachorros. Mas o que mais era útil na cidade eram os Dragões, sempre nas montanhas que cercavam a cidade, pois a qualquer momento poderia ocorrer um ataque de Animitsauros, seres marrons de pele enrugada e grudenta invocados por magos negros, magos especializados em magia negra, sempre acompanhados de urubus. As mais belas criaturas de Arcade vivem na floresta como os Unicórnios, cavalos alados com um chifre de titãnio na testa, Pégasus, cavalos alados com asas de Anjos, servidores dos Deuses, tirando é claro os Trolls, gigantes do tamanho das imensas arvores de Arcade, com corpo peludo e cara muito parecida com a de um gorila, o problema é que ele devora pégasus e unicórnios, fazendo estes ficarem quase em extinção.

Acho que perceberam que contei sobre Arcade em passado. Bom, infelizmente Arcade não existe mais, apenas rastros. Quer saber como isso aconteceu?
Arcade foi destruída em uma guerra injusta. Tudo começou quando os três irmãos Górgodin, Pólodin e Ôlodin disputam o trono da cidade mais bela da zona dos cavaleiros, Arcade. Os perdedores governariam outra cidade. Górgodin, o irmão caçula, derrota os dois irmãos em uma batalha de espadas. Então assim ele fica com Arcade. Enquanto Pólonir fica com Atlanta, a cidade mais fria da zona dos cavaleiros, onde os yetis e sasquachs abitavam, já Ôlodin, fica Amargedan, a cidade cercada de gigantes pinheiros que impediam a entrada de neve da cidade vizinha, Atlanta. Os irmãos derrotados, com inveja da gloria do irmão, resolvem se vingarem unindo seus povos e atacando Arcade. A nobre cidade não pode aguentar e perderam a batalha. Castelos e alguns morros foram desabados, os Dragões e Hidras foram decepados, Trolls derrubados e por serem tão grandes não aguentaram a queda e morreram, alguns (muito poucos) Pégasus fugiram da guerra, mas unicórnios foram severamente extintos, mesmo as Harpias lutando ao lado dos Grifons, foram destruídos, Vampiros foram mortos sendo cravados por estacas de madeira e Lobisomens com pigentes de prata molhados em água benta, as bruxas foram também extintas mortas queimadas a fogo de tochas sagradas, veneno foi botado ao mar de arcade para que os Kappas e sereias fossem destruídas, todas as criaturas pequenas magicas conseguiram fugir, já os magos, nem tantos. Muito sangue fora derramado aquele dia. O rei foi brutalmente morto pelos seus irmãos e mais dois cérberos, lobo de três cabeças que possui dentes afiados como uma espada.

Merlin, o mago que morava em sua cabana no topo do monte Imbunataţitã vê o estrago em sua cidade. Avista uma criança no meio da guerra e pede para Phoenix, sua fênix salva-la e o esconde em sua cabana. Depois da guerra, os únicos sobreviventes, fora as cidades inimigas, foram Merlin, o anão Jony Paul e a criança que Merlin salvara.
- Qual é seu nome, garoto? - pergunta o mago.
- Saint Lucis, mas se quiser pode me chamar de apenas Lucis - respondeu a criança meio assustada - onde esta minha mãe?
O velho mago não soube responder, mas sabia que um dia a sua cidade deverá ser vingada e esse garoto é que fará isso. Chama Jony para treinar a criança, para que quando crescesse, vingar a cidade morta, e este conta a verdade ao garoto que treina com ele até hoje, dez anos depois, esperando o verdadeiro inicio.
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espero que tenham gostado, postarei o primeiro capitulo