sexta-feira, 7 de maio de 2010

CAPITULO TRÊS

FLORESTA DOS CENTAUROS

Lucis respira o ar profundamente, feliz por finalmente sentir o cheiro gostoso das arvores e não o cheiro que sentia antes na garganta de Kraken, pisa forte no chão, como se nunca estivesse andado e palpita as arvores como se nunca tivesse visto uma. Ouvi uns plotoc, plotoc e olha para os lados para ver se acha algum cavalo ou pônei que possa andar, mas a única coisa que ver é um centauro correndo em alta velocidade, espera ai, centauro, ele estava na Floresta dos centauros! O jovem estava feliz, mesmo sendo perigoso lá, mas pelo menos ele estava perto de sua busca: A monte Didydrabékonas, para pedir ao rei dragão ajudar-lo na guerra contra Amargedan. Caminha um pouco mais adiante, o sol começa a sumir e o céu já vem a escurecer, então resolve parar para descansar. Vai para debaixo de uma arvore bem grande com o tronco grosso e muitas folhas caídas às raízes, usa sua mochila como travesseiro, deita sobre as folhas velhas a baixo da arvore e dorme, não profundamente, mas um sono tranqüilo.

O céu escurece definitivamente. Uma criatura escura e horrorosa caminha lentamente pelas arvores da floresta.
- Hum, a minha sorte é muita, não acredito que encontrei sangue humano numa floresta dessas... – diz uma voz cavernosa que saia da escuridão da floresta.
Lucis acorda com um suspiro e saca a espada assustado.
- Quem está ai!
A criatura solta uma gargalhada.
- Que bom que está acordado, talvez assim o coração bombeie mais o sangue... E assim chegando mais rápido aos meus dentes! – o animal pula sobre o garoto se revelando como um monstro de caninos longos e afiados, a aparência muito parecida com a de um morcego, suas asas não batiam e acho que é por isso que Lucis conseguiu desviar do golpe do monstro.
- Afaste-se! – diz ele apontando a espada para a criatura que solta uma longa gargalhada.
- Não pode me matar. – ele se aproxima calmamente do cavaleiro e depois se arremessa contra à espada que o vara – Por que eu já sou morto.
O garoto da um pulo para trás retirando a espada do peito do monstro e a botando na bainha, mesmo sem saber o que faria com ela contra aquela criatura, pôs esta não morria.
- Você é um vampiro, certo? – a besta faz que sim com a cabeça – Pra mim vampiros eram belos.
O demônio solta outra gargalhada e responde com tom perverso:
- Estou em minha forma original, seu burro!
Lucis considera-se morto, mas uma idéia passa por sua cabeça. “Não, que idéia estúpida, não vai funcionar”, mas o lado positivo tomou a sua mente, “Não custa tentar”. O garoto aponta sua mão lentamente para o monstro que da uma outra gargalhada, fecha os olhos e pronuncia vagarosamente: Dillius.
O monstro se joga para trás como se algo invisível lhe desse um tremendo golpe, se contorce, grita e cai sobre os galhos de uma arvore, o vampiro estava acabado e exausto, Lucis se assusta com si mesmo, mesmo quase morto o demônio consegue dizer suas ultimas palavras que pareciam uma pergunta:
- Vo... Você... Por acaso é... É... Um... Um mago?
- Eu não sei. – disse o jovem ainda assustado com uma voz tremida e fraca. O monstro morre.
De repente uma flecha voa na direção deles que passa de raspão na orelha de Lucis, fazendo esse virar para de onde a flecha veio. Um centauro adulto e furioso apontava o arco na direção do garoto.
-
O adolescente não entendera completamente nada do que o homem-cavalo havia dito, mesmo assim fugiu para uma parte escura da floresta, ainda podia ouvir o centauro gritando:
-
Também não entendeu.

Ele passou toda a noite acordado, não dormiu nem um pouco. No amanhecer, é claro exausto, se esforçou para não fechar os olhos. Os raios de sol passavam apenas pelos pequenos espaços, uns buracos, nas longas folhas das arvores imensas da floresta. Caminhou um pouco mais adiante, mesmo com o mapa da mão não sabia direito se estava indo ou não pelo lugar certo, pois seus olhos ardiam muito, acho que não fechara os olhos desde o navio pirata que estivera. Procura um lugar para descansar, achou um lugar onde poucos raios de sol conseguiam atravessar as folhar das arvores, era cheio de arvores e no centro do local havia uma grande pedra redonda, era enorme, era umas quatro vezes mais alta que Lucis, mas ele achou que era um lugar perfeito que ele possa descansar um pouco. Deita-se com as costas apoiadas na grande pedra.
- Acha que eu sou cama? – grita uma voz de trás da pedra.
Lucis da um pulo para trás, saca a espada o mais rápido possível e grita:
- Quem esta aí?
Não havia ninguém, só podia estar escondido atrás da pedra.
- Apareça!
- Essas crianças estão tão burras hoje em dia, ah, tempos atrás a época era tão boa, os heróis eram valentes, espertos e bons estrategistas de guerra – diz novamente -, isso antes da destruição de Árcade, heróis bravos vinham daquelas terras dispostos a enfrentar qualquer desafio, eu adorava... Esmagava um bocado deles, muitos já me derrotaram, eu sei, mas me reconstruo, sou praticamente imortal.
- Mas quem...?
Lucis se interrompe, para um pouco para pensar, ele podia esta maluco, mas tinha certeza de que a voz vinha de dentro da pedra.
- Mas quem... Mas o que você é?
- Ora! O que eu sou? – diz a rocha parecendo decepcionada, tinha uma voz cavernosa e má, muito fria para qualquer um ouvi-la, tinha que ter um estomago muito forte para aguentar a frieza daquela voz.
A pedra se quebra em varias partes, e depois cada uma dessas partes se unem em um só ponto, com um formato diferente, como o imaginado, rocha falante, esmagador de heróis antigos, com certeza viveu muitos anos, pode se desmontar e reconstruir, assim podendo admitir varias formas... Só podia ser o...
- Golen de pedra! – exclama o jovem – Você é o Golen de pedra! Esmagador de cavaleiros antigos.
O monstro era um homem de mais ou menos três metros feito de pedra, cada parte do seu corpo se dividia em pedras, era imenso e corcunda, muito musculoso também.
- Já tava na hora! – reclama o monstro rochoso – E você?
- Ã? – o cavaleiro disse em duvidas.
- E você, quem é? – Grita com raiva.
- Parece que você acha que as coisas só tende ser do seu jeito, né? – disse Lucis num tom arrogante, não sabia se era certo dizer aquilo – Mas as coisas não são tão assim como pensa, você não é o melhor, valentão exibido!
O monstro solta um rugido imenso, ecoou pelo local, provavelmente que um boa parte da floresta ouviu aquilo, os chão e as arvores estremeceram quando deu o rugido, que mais se parecia com o rugido de um dragão, um grraaaarhu.
- Tudo bem. – disse num tom bem tanto convencido – Sou um vingador da cidade morta, Arcade, mas um daqueles heróis que você disse que te derrotaram. – possivelmente, Lucis falara naquele estado com a criatura, porque soubera que não era tão difíciu de se derrotar, ainda mais, convencido de poder derrota-lo com uma mágica, como fez com o vampiro.
- Grraauur! – rugiu – Moleque, não sabe o que esta dizendo, vou esmaga-lo como uma barata! Seu garoto burro e imprestável!
- Não Golen, eu vou esmaga-lo! – Lucis bota a espada na bainha sabendo que não serviria, depois ergue a mão – Kebrahoxa!
Ao mesmo tempo em que o jovem guerreiro gritou o nome do feitiço, o monstro de pedra divide seu braço do corpo o arremessando contra o jovem, para dar um tremendo golpe – com a força de um canhão ao peito -, a magia e o golpe do monstro rochoso se chocam, fazendo o braço jogado à Lucis explodir em varias pedrinhas. O monstro solta mais um rugido, Grraauur!
- Legal! – exclama o garoto – Parece que funciona! Kebrahoxa!
O feitiço dessa vez acerta o monstro, que se explode em mil pedaços. Sabendo que o monstro ia montar-se – mesmo que dessa vez vai demorar bastante pela contidade de partes que ele foi dividido – Lucis sai o mais rápido possível dali.

Parece que a batalha com o Golen de pedra animou um pouco Lucis, agora ele estava mais atento, bom, nem tanto, no caminho de fuga do Golen em pedacinhos ele quase foi esmagado por ciclopes que seguiam uma trilha até suas tocas e também foi acertado por cocô de Harpia. Bom, o Golen de pedra não dera tanto trabalho, mas imaginem o Golen de lava, o de galhos de arvore tudo bem, mas o de vento seria quase imbatível! O jovem cavaleiro reza para não encontrar nenhum deles.
Depois de caminhar mais um pouco pela floresta, o pequeno herói acha um lugar onde nenhum raio de sol bate. Um lugar cheio de plantas esquisitas e arvores mortas, o lago que tinha ali não soava muito bem, era escuro, muito escuro, parecia que suas águas eram negras. Até que um pouco de o oxigênio chega ao celebro de Lucis, aquilo não era um lago, e sim um pântano! O cavaleiro não estava nem um pouco triste, de acordo com o mapa tinha uma caverna ali perto em algum lugar. Caminhou mais um pouco.
Achou!
Lucis finalmente avista uma caverna pequena ali e de acordo com o mapa era um bom lugar de descanso, sem monstros ou animais, ele estava muito feliz, tão feliz que nem notou uma coisa: a caverna é segura sim, mas, de acordo com o mapa, o pântano não. Então pega uma barca que tinha ali perto e começa a remar para atravessar o pântano
Grroouunnr! Um ronco imenso sai de baixo do pântano, fazendo surgir milhares de bolhas na superfície. Grroooouunrn, o ronco repetia varias vazes, cada vez com o som mais forte e grosso.
- O que é isso?
Uma grande gargalhada com voz de trovão vem do fundo do pântano.
- Acha que pode atravessar o meu pântano assim, sem nem ao menos cumprimentar, ou talvez... Presentear-me com algo valioso, alias eu sou o rei! O rei deste lugar.
Uma coisa enorme e horripilante sai do pântano, era grande, tinha mais ou... Quer dizer, menos não, ele tinha 16,40 pés de altura - cinco metros - ou mais!
Tinha cara de crocodilo, o corpo musculoso e escamoso, tinha pele de réptil, uma longa calda de lagarto, seus pés batiam no fundo do oceano, lambia os lábios com sua língua de um metro, perece estar com fome. Mas o que ele queria dizer com O rei deste lugar?
Tudo ficou bem claro na cabeça de Lucis, esse era o famoso monstro do pântano.
Lambe novamente os lábios, dessa vez mais vagarosamente.
O jovem garoto, não tão apavorado, abre a mochila à suas cotas e retira alguma coisa de lá. Era alguns ouros e pratas que havia encontrado durante o longo tempo na garganta de Kraken, ergue a mão lotada de moedas para a aberração. O monstro lança um grande sorriso em contribuição, mas não parecia um sorriso bom, era um sorriso de ironia, como se ele quisesse dizer “Ta de sarcástico com a minha cara, né?”. Lucis, percebendo a fisionomia da criatura diz, não só para acalmar a si, mas também para acalmar a si mesmo, pois este já estava ficando com medo, e essa era uma das coisas que ele menos queria:
- És um presente, monstro do pântano...
O monstro lança um olhar mais que furioso para o garoto.
- Quer dizer... Err... Senhor majestade... – corrigiu antes que fosse devorado pela besta.
Ele lança sua língua que agarra as moedas – deixando cair uma ou duas no lago, mas com certeza não importara, pois o lago todo era seu. Logo engole todas as moedas só em um gole e lança um grande e breve arroto. Ele sorri. Graoooouur! Furioso ele golpeia com suas longas e grossas garras a ponte, fazendo um bom pedaço dela destruir-se.
- Não tente me enrolar garoto! – berra o monstro, lança sua língua que agarra Lucis pelo pescoço – Groour! Vou estrangula-lo até a morte!
O cavaleiro estava sem ar e assim não conseguindo fazer movimento algum! Bem devagar, sem ar, com o monstro detraído, gabando-se e rindo muito, arrasta a mão até a banhinha da espada e encosta no punho, ele estava sufocado por muito tempo, orava por força, para conseguir sacar a espada, mas depois de muito tempo, quase morto, consegue puxar a espada da banhinha e rasgar a língua da criatura.
O rugido de dor da besta foi grande, muito grande. Contorce-se para trás, com seu rabo chicoteando a água e com suas mãos a boca. Ele sussurrava diversas maldições contra Lucis, devia esta xingado-o de tudo de ruim.
Cego de fúria, inracionalmente a criatura ataca de todos os lados, se choca com uma árvore – mas ou menos do tamanho da Torre Eiffel – e cai no pântano inconsciente, formando uma ponte. O herói passa. Um pouco assustado, mas quem não ficaria, ele não só derrotou esse monstro terrível como também lutou contra mais dois monstros em só um dia!
Primeiro: foi atacado por um vampiro enquanto dormia.
Segundo: descansou sem saber em cima de um Gollen e acaba causando uma luta violenta.
E agora: atravessa um pântano, aonde se depara com o dono dele – que não era nada agradavel – e depois o usa como ponte.
Que grande confusão! É. Hoje não é um dia muito bom para Lucis, estava cansado e pretendia dormir naquela caverna, cujo mapa mostrava calma e sem monstros. Ele estava à frente dela, duvidando não ter monstros, pois parecia muito sombria. Era assustadora. Num instante pensara em não entrar ali, achava muito inseguro, mas lembrara das palavras do sábio Merlin: “O mapa nunca mente! Confie nele, foi eu quem fez!”, então entrou, mesmo com um pouco de desconfiança.
Assim que entra rochas caem, muitas rochas, cobrindo a passagem. Droga!, pensa, Ainda a saída, ainda a esperança!, repetia isso varias vezes em sua mente, mas realmente ele sabia um jeito de sair, mas sairia depois, pois ainda iria descansar, ali no escurinho tava bom.
Graarrrurr!
Lucis salta de susto. O que seria, o som Graaarrrurr se repetia diversas vezes, como se a criatura estivesse em vários lugares diferentes, mas ele não sabia, não dava pra ver, estava escuro. Uma idéia voa pela sua mente, Já sei!.
Ele ergue o dedo e ordena: Ascienssi!
Seu dedo produz uma pequena chama que ilumina o lugar, realmente não eram monstros e sim lobos, lobos ferozes e famintos com rostos cruéis e frio, Lucis ficava arrepiado só de olhar pros seus caninos e dentes pontudos e afiados, escorrendo baba, uma baba amarela, ou alaranjada. Suas peles eram cinza, um cinza bem claro, quase chegava à branca, mas ao mesmo tempo quase chegava a negro puro. Seus olhos eram tão penetrantes quanto uma adaga. É, sem monstros, dizia Lucis para si mesmo, Sem monstros, mas sim animais, animais quase monstros!.
Ele saca a espada com força, ainda com dedo aceso, abana a espada contra os lobos os afastando, mas não os intimidando, eles continuavam com sede de atacar o alvo, seus olhos brilhavam como raio. Lucis corre, mas não para fora da caverna, mas sim mais para o fundo, isso realmente foi uma idéia toda, pois os lobos sabiam mais do que ninguém sobre a caverna. Ele ainda corre, corre, corre, até chegar numa parte da caverna mais arrumada, parecia que tinha um mini-templo escondido na caverna, ali os lobos não entraram, apenas gemeram e soltaram um uivo, o garoto podia ouvir o som das patas das feras se afastando, até desaparecerem, o lugar não era belo, porem, bem arrumado para um lugar como aquele, como se uma pessoa morasse ali, e que havia contruido aquilo, melhor que nada. Era uma sala redonda, com piso rochoso, o lugar era lotado de estátua, de lobos, morcegos enormes e alguns de tamanho normal, tigres, outros animais e até pessoas! O humano que morava ali devia ser realmente uma pessoa artística! Tinha também pinturas em quadros pendurados na parede rochosa do lugar, pinturas de morte e cenas horríveis e escuras, mas também tinha umas pinturas de amor, duas pessoas se beijando o se abraçando, sempre as mesmas pessoas, também tinha desenhos esculpidos na parede, desenhos estranhos de uma mulher, que tinha a metade do seu corpo a serpente segurando uma flecha, lutando contra um homem, e outra figura, da mesma mulher, só que dessa vez lutando contra um homem e outra lutando contra um centauro e ect. Tinha lampiões espalhados pelo quarto, assim o cavaleiro podendo apagar a flama em seu dedo. Também tinha marcas de rastejo no chão ali, rastejo de cobra.
- Ola! – disse uma voz, vinda de um canto escuro do quarto. Uma mulher vestida de vestido de noiva que ia até os pés, com o véu cobrindo o seu rosto, com uma voz extremamente adorável se aproxima de Lucis. – Ola, o que deseja?
O herói não sabia o que dizer, então resolveu criar um assunto, para poder ser abrigado ali, pelo menos um dia, ele estava exausto.
- Hum... Você é uma ótima artista! – começou – Faz tudo tão bem feito, tão original, tão real, a posição dos personagens, parece até pessoas de verdade, mas feitas de pedra.
- Ah, muito abrigada, você é uma pessoa muito gentil, deseja comprar alguma obra? – respondeu num tom romântico.
Lucis pensou em falar que não, apenas olhando, aliás, como acharia uma loja no meio de uma floresta daquelas dentro de uma caverna cheia de lobos, que parecem não ter comido há mil anos, e ainda tinha sua entrada na frente de um pântano, com um dono não tão bem humorado. Ele estava começando a desconfiar, mas resolveu não comentar nada.
- Sim, sim, quero. – respondeu – Suas estátuas são muito interessantes, personagem bem caracterizados e reais, vieram de sua imaginação ou se inspirou em alguém?
- Não, não, eles são da minha mente mesmo, exceto um, meu marido, o maior amor da minha vida, ela andou até uma estátua, um homem com terno, assustado, com o rosto horrorizado – Era o amor da minha vida, meu único amor – dava para ver lagrimas escorrendo pelo véu que cobria seu rosto -, nunca vou me esquecer dos nossos tempos juntos, mas minha aparência não permitira que nós ficarssemos juntos para sempre e nem meu olhar... Ele morreu no dia do meu casamento com ele, até hoje, nunca mais, tirei o vestido daquele dia, em homenagem a ele...
- E esculpiu uma estátua sua. – completou Lucis.
Ela concordou.
- Então aquelas pinturas – disse o adolescente virando-se para os quadros de amor – são os tempos de você e ele juntos.
- Sim – respondeu ela -, e as pinturas de horror e os desenhos esculpidos na parede são os tempos depois de sua morte.
O cavaleiro se assustou, achou que ela estava brincando, fazendo uma piada sem grassa, pensou em rir, mas mudou de idéia quando viu uma pele de cobra. Achou melhor ir embora, estava com medo e desconfiando de alguma coisa.
- Bom, é... É que estou sem moeda e sem dinheiro, bom... Eu volto, amanhã talvez, juro que comprarei suas obras, pode ser até hoje, mas preciso... Eu preciso ir! Desculpe. – disse-a gaguejando.
- Ah, sem problemas, fique, por favor! – disse ela tirando o véu do rosto – eu posso esculpir uma estátua sua, e pinta-lo também nos quadros de horror, mas fique, vai, só mais um pouco!
Quadros de horror?, pensava o garoto, balançado a cabeça negativamente.
- Fique, por favor, gostei do nosso papo. – continuava a balançar a cabeça, o pobre guerreiro – Ah, não vai, ok – ela tira o véu – Vai ter que ser na marra!
Agora sua voz era aterrorizante, ele ouvira um som de pano ao chão, ela tirara o vestido seu corpo estava nu, mas da cintura para baixo encontrava-se uma enorme cauda de cobra, com um chocalho a ponta, sua pele era escura e escamosa, seios redondos como de uma ninfa, carregava uma bainha com muitas dúzias de flechas, braços finos com mãos que tinham garras imensas de bronze, em lugar dos cabelos tinham cobras e minhocas se agitando, famintas de carne, que olhavam exatamente para Lucis. Era uma górgona, a mais forte delas, Medusa, uma olhada em seus olhos, a pessoa, monstro ou qualquer outra coisa, vira pedra, Lucis sabia disso, de acordo com o que Merlin o havia dito: “Os olhos daquela górgona é poderoso, se diretamente olhar, pedra irar virar, com um espelho não funcionara, e a cabeça arrancada, ainda assim, servira”.

Com sua calda, Medusa golpeia as mãos de um centauro congelado, fazendo-lhe cair um Arco. Ela se abaixa e pega o Arco, apanha uma flecha da bainha em suas costas e atira no herói.
Por pouco ele consegue desviar, ergue a mão e grita: Phire Roll! Uma bola de fogo do tamanho da mão de Lucis é atirada de sua mão. Mas como não podia olhar os olhos da górgona, a esfera se choca contra – pelo estrondo – uma estátua, o herói ouvi algo cair no chão, olha. Um escudo grande e brilhante, que dera para ver até o próprio reflexo da pessoa estará caído ali. Tenho uma idéia, pensou contente, Tomaria que dê certo. A idéia do guerreiro era fazer com que Medusa olhasse seu próprio reflexo no escudo e transforma-se a si mesma em pedra.
Consegue ouvi o ruído de uma nova flecha ser disparada, desvia jogando-se para a sua direita e agarrando o escudo. Não funcionou, parece que o olhar petrificante dela só funcionava se olhasse diretamente em seus olhos e não o reflexo. Uma flecha passa de raspão pelo ombro de Lucis, mas não faz um corte tão profundo. Começara a sentir seu sangue quente escorrer pela capa vermelha a suas costas. Viu que estava perdido, a única coisa que conseguiria ali era ser atingido por mais flechas, então, depois de avistar um conjunto de lapides, correu e escondeu-se atrás de uma delas, logo a ultima, lá no final.
- Volte aqui! – berrava Medusa – Você pode ser uma das minhas melhores estátuas, faça parte da minha coleção!
Ela se aproximava vagarosamente, preparava sua arma para um novo tiro, aponta.
- Peguei você!
Mas a flecha acerta uma estátua, que caí no chão e com um estrondo quebra-se.
Lucis parou para pensar mais um pouco... Hm... Olhar que só funciona se olhar diretamente... Flechas... Escudos com reflexos... Yeah! Obrigado por essa idéia Deuses, isso é, se estiverem do meu lado. Pensa contente. Joga o escudo em sua mão contra a parede com um estrondo, fazendo Medusa virar-se para o lado em que Lucis está escondido, e aproxima-se lentamente.
- Yuuhuu! Jovem Lucis... Prepare-se...
Vendo a gógorna aproximando-se pelo reflexo do escudo, mesmo, se prepara, para atacar de surpresa o monstro-mulher. Ele via atente, suando, esperando pelo momento de se livrar daquele pesadelo... Aproxima-se... Aproxima-se... E mais... Mais... Smashit! De olhos fechados o herói infere um golpe com a espada, sem nem ao menos pensar no ataque. Abre os olhos com cuidado, e vê o corpo morto da mulher-cobra decapitado, com sua lamina examina calmamente o chão para pegar como troféu a cabeça da Medusa, não só como troféu, mas como uma poderosa arma... “...e a cabeça arrancada, ainda assim, servira.”
Depois de tatear mais uns segundos acha e paga a cabeça, com as cobrinhas e minhocas ainda gritavam e balançavam famintas, vivas em sua cabeça, pega, retira das costas sua capa e enrola a cabeça da górgona, e usa como uma bolsa pendurada na cintura. Ufa, os deuses estando do meu lado ou não, eu consegui!
Uma tropa de lobos avança sobre a sala vazia, Lucis saca a espada esperando uma reação violenta. Ao invés de algum tipo de ação negativa, os lobos se curvam e suspiram todos, Ó vosso herói! Um lobo com o dobro do tamanho deles, obviamente o líder da banda, pois, vestia uma armadura por cima do corpo, e carregava uma lança com a boca, para, deixa a lança no chão, abre a boca como se estivesse dando um sorriso, e diz em bom tom:
- É para ti, novo herói. Livrou-nos dessa ultima maldita das górgonas, raça que já vem nos amaldiçoando há muito tempo, obrigado por torna-as extintas, é pra tu, presente.
- Obrigado. – respondeu o garoto sem grassa.
Os vários lobos ao redor dançavam e cantavam, algo assim:

Com coragem e sem medo
Esse monstro tu deteu
Mesmo sem vantagens
Continuou e o venceu
Ó Lucis nosso herói
Ó segundo Perseu

Ó Lucis
Segundo Perseu
Com tuas garras
A ultima górgona com tua espada venceu

E continuaram...
- Obrigado, mas preciso ir. – disse o herói orgulhoso.
- Vá e siga tua aventura e que faça mais atos de heroísmos, que os deuses estejam com tigo! Boa sorte, use a lança, imagens tuas serão esculpidas no nosso reino! Assim como Perseu! – exclamo contente o lobão – Mas como sairás daqui?
Lucis sorri, aponta a mão para a parede rochosa e grita: Kebrahoxa!
Com uma explosão, uma abertura enorme é feita na parede, depois de se despedir do bando de lobos, passa pela passagem, agora estara no outro lado da floresta. Que é o mais perigoso...
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Em breve Quarto Capitulo: NETURNO, A VILA DOS ELFOS DA NOITE

Um comentário:

  1. Olá rapaz, estou seguindo o seu blog. Se puder fazer o mesmo. Assim que eu tiver um tempo, começarei a ler tudo aqui. Um abraço.

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